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Nova fase da Lava Jato investiga lavagem de dinheiro no Banco do Brasil
Publicado: 27/09/2019 às 07:49

Divulgação/PF/
A 66ª fase da Operação Lava Jato apura lavagem de dinheiro cometida por doleiros e funcionários do Banco do Brasil, segundo investigações do Ministério Público Federal (MPF). A fase foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (27), sete mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em São Paulo (SP) e mais um mandado em Natal (RN). As ordens são cumpridas nas casas dos funcionários do banco e em uma agência de câmbio. Não existem mandados para agências ou sede do Banco do Brasil.
Segundo o MPF, a nova fase da Lava Jato investiga três gerentes e um ex-gerente da instituição financeira que teriam atuado para facilitar a lavagem de dinheiro realizada entre os anos de 2011 e 2014, a estimativa é que as movimentações tenham superado o montante de R$ 200 milhões.
A Polícia Federal informou que os suspeitos atuaram para beneficiar empresas que contratavam com a Petrobras e precisavam de dinheiro em espécie para realizar o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos. Segundo o MPF, o Banco do Brasil colaborou com a operação cedendo provas colhidas a partir de uma investigação interna.
De acordo com a PF, um doleiro teria produzido ao menos R$ 110 milhões em espécie, viabilizando o pagamento de propinas. A produção de dinheiro em espécia envolvia a troca de cheques obtidos no comércio na cidade de São Paulo. Também ocorriam aberturas de contas sem a documentação completa ou através da falsificação de assinaturas em nome de empresas do ramo imobiliário.
A suspeita é de que gerentes da agências bancárias participassem do esquema dando suporte às operações de desconto de cheques. Eles também elaboravam justificativas internas para evitar fiscalizações. Em troca os funcionários estariam recebendo comissões dos operadores e vendendo produtos da agência para atingir metas, segundo a PF.
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