sobrevida
Dallagnol acena para Aras na tentativa de se manter no cargo
Por: Correio Braziliense
Publicado em: 21/09/2019 08:03
No caso da sucessão de Raquel Dodge, ex-chefe da PGR, Dallagnol e os demais integrantes da força-tarefa defenderam, mais de uma vez, a votação da lista tríplice feita pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) — que acabou desconsiderada por Bolsonaro ao escolher Aras. Em relação à Vaza-Jato, Aras defendeu, de maneira privada, o afastamento de Dallagnol para não comprometer a investigação.
Os acenos de Dallagnol a Aras mudaram as impressões iniciais, mas isso não significa que o procurador de Curitiba permaneça no cargo por muito tempo. Além de um voto de confiança ao novo PGR a partir de mensagens internas, Dallagnol, em entrevista ao Correio, citou positivamente o escolhido por Bolsonaro. Teria inclusive ocorrido uma troca de telefonemas entre os dois como forma de reforçar a garantia das investigações de Curitiba.
“O novo PGR está se propondo a fazer um bom trabalho na Lava-Jato, designou ótimos colegas que já atuavam lá até recentemente, e têm condições para isso. Vamos cobrar isso dele, mas também precisamos fazer nossa parte, precisamos colaborar. É preciso ter uma atitude construtiva para que o Ministério Público alcance os melhores resultados em prol da sociedade”, disse Dallagnol ao Correio.
A definição do chefe de uma força-tarefa cabe ao comandante do MP. No caso da Lava-Jato, o procurador-geral, na época, seguiu a decisão dos integrantes da equipe. Mesmo que Aras tire a coordenação de Dallagnol no futuro, isso não significa que sairá da força-tarefa. Ele pode ceder o cargo e permanecer no grupo investigativo.
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL
MAIS LIDAS
ÚLTIMAS