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Governadores defendem recursos para combate às queimadas na Amazônia

Publicado em: 27/08/2019 10:37

Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
Os governadores da região Norte vão defender ao presidente Jair Bolsonaro que o governo avalie todos os recursos disponíveis para o auxílio ao combate às queimadas na região Amazônica. Incluindo os 20 milhões de euros oferecidos pelo G7, algo em torno de R$ 83 milhões. O chefe do Executivo federal sinalizou que só aceitará o apoio financeiro para a ajuda ambiental se o presidente da França, Emmanuel Macron, se retratar, após tê-lo chamado de mentiroso e sugerir um debate sobre a “internacionalização da Amazônia”. 

Apesar da resistência de Bolsonaro, os governadores afirmaram que vão conversar sobre o assunto com ele. Na chegada ao Palácio do Planalto para a reunião conjunta nesta terça-feira (27) entre os gestores estaduais, ministros de Estado e o presidente da República, eles pararam brevemente para atender a imprensa antes de subir ao terceiro andar para o encontro.

O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), foi um dos que defendeu aportes financeiros. “Nós precisamos de recursos. Precisamos avaliar todos os recursos que entram no Brasil e de que forma serão aplicados, e de que forma podemos utilizar no sentido de preservar o meio ambiente. Precisamos de apoio, de apoio internacional, apoio institucional do governo federal. E toda a ajuda é bem vinda”, sustentou. 

A ideia, defendeu Lima, é encontrar “caminhos” e avaliar os recursos que possam vir ao Brasil para a Amazônia, incluindo as verbas oferecidas pela cúpula do G7. “Para que a gente possa desenvolver projetos que sejam sustentáveis e garantam, acima de tudo, a preservação do cidadão que mora na Amazônia, pois a floresta só vai ser preservada se o cidadão estiver em primeiro lugar sendo preservado”, destacou.

Desafio 
O desmatamento, continuou o governador, acontece no Amazonas e em outros estados da região Norte. A derrubada de árvores, explica, acontece nas áreas em que há interesse para o desenvolvimento da atividade econômica. O desafio, sinalizou, é como equacionar o desenvolvimento com a preservação ambiental. “Há uma necessidade de desenvolvimento, mas há, também, necessidade de que o meio ambiente seja preservado”, ponderou. 

A meta, ressaltou Lima, é tentar encontrar caminhos e políticas para chegar a uma convergência entre o desenvolvimento sustentável. “O que vamos tentar encontrar aqui são caminhos e políticas para que haja um encontro entre essas situações que são convergentes e podem ser convergentes, que é o desenvolvimento econômico, social e preservação do meio ambiente”, frisou.
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