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Eduardo nega desistência e acredita que provará preparo no Senado

Publicado em: 21/08/2019 18:22

Foto: Najara Araújo, Câmara dos Deputados (Foto: Najara Araújo, Câmara dos Deputados)
Foto: Najara Araújo, Câmara dos Deputados (Foto: Najara Araújo, Câmara dos Deputados)
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) rechaçou qualquer possibilidade de desistir da indicação à embaixada brasileira nos Estados Unidos, em Washington. Para ele, as sabatinas no Senado serão uma boa oportunidade para ele “provar seu preparo” ao cargo. O filho do presidente Jair Bolsonaro negou, ainda, que a sugestão ao posto não deve ser classificada como nepotismo, por entender haver precedente legal nas súmulas do Supremo Tribunal Federal (STF). 

As declarações foram feitas nesta quarta-feira (21), depois que Bolsonaro negou recuar na indicação do filho. Eduardo endossou o coro e criticou a imprensa por “tentar fazer um terceiro turno”. “O que ele colocou ali: uma parte da imprensa tenta fazer um terceiro turno das eleições, tentar prejudicar o presidente através de uma interpretação totalmente contrária. Jair Bolsonaro não conversou comigo sobre qualquer eventual, possível, possibilidade de, talvez, recusa. Isso aí nunca existiu”, afirmou. 

Na terça (20), o chefe do Executivo federal disse que não gostaria de submeter o filho a um “fracasso”. Por conta disso, Eduardo disse que está se preparando para a sabatina. “Sim, existe o julgamento político. Eu posso ser aprovado ou rejeitado no Senado. Acredito que a sabatina vai ser um bom momento para eu provar que estou preparado para esse cargo e as possibilidades de estreitar essas relações com os Estados Unidos após anos do Brasil virando as costas para o governo norte-americano, principalmente durante o período dos governos do PT”, sustentou.

Otimismo
O deputado se mostrou otimista, mas negou prazo para dar o sinal verde ao presidente da República, que será o responsável por formalizar a indicação ao Senado. “Eu quero conversar ainda com alguns senadores antes. Não tem prazo fixo ainda não. Estou confiante, estou esperançoso, mas depende do Senado neste momento”, disse. Eduardo lembra que teve o agrément -- espécie de consulta diplomática -- aprovada pelos EUA e negou a associação de nepotismo. “Pela parte dos Estados Unidos, eles não enxergam problema nenhum nessa minha indicação, (e) a súmula vinculante do STF é bem clara, inexiste a possibilidade de nepotismo”, destacou. 

A Súmula Vinculante nº 13, de 2008, admite a indicação de parentes para cargos políticos, como ministros de Estado, e secretários estaduais e municipais. Veda, no entanto, a indicação de familiares para cargos comissionados. Subjetiva, a súmula não especifica em qual definição se enquadra a função de embaixador. Por essa brecha interpretativa, tanto o governo e Eduardo não estão equivocados em sustentar a narrativa de que a indicação não é enquadrada como nepotismo. Assim como quem aponta o contrário também não está errado. 
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