Política

As deputadas foram recebidas no Diario pelo vice-presidente Maurício Rands. FOTO: Bruna Costa/Esp.DP.FOTO/
As deputadas federais pelo Psol Fernanda Melchionna (RS) e Sâmia Bonfim (SP) estão entre os convidados que participam do 3º Encontro Nacional Ocupa Política, que acontece em diversos pontos do Recife, na sua primeira edição em uma cidade do Nordeste. As parlamentares estão na cidade para discutir, com outras personalidades públicas e grupos de ativistas de todo país, uma forma diferente de fazer política. “A ideia é que as pessoas comuns, do povo, além de jovens e mulheres participem desta política institucional que precisa ser mudada”, observou Fernanda Melchionna.
A parlamentar avaliou, ainda, que o sistema político brasileiro está “adoecido e apodrecido”. “É preciso que a gente ocupe esse espaço para mudá-lo radicalmente e, desta forma, junto com a luta do povo, construir uma nova democracia”, afirmou a deputada, acrescentando que outra necessidade imposta pelo ano de 2019 é a de combater a agenda antipovo de Bolsonaro, “que é autoritária e antiliberdades democráticas. É um governo que condensa o ataque aos direitos do povo”, definiu Fernanda.
Além do debate sobre uma nova política, a discussão também envolverá as questões climáticas, com foco na Greve Geral do Clima, que será realizada no dia 20 de setembro. “É movimento já convocado em vários países e que também precisamos fazer aqui, juntando essa ideia da greve com mobilizações de rua a favor da Amazônia e contra o aquecimento global”. Ainda a respeito da Amazônia, Melchionna fez várias críticas ao governo, inclusive ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que acusou de ser contra o tema da própria pasta. Ela sugere ainda que ele deveria deixar o cargo.
A deputada Sâmia Bomfim, por sua vez, lembrou que, além de participaram do Ocupa Política, elas têm uma agenda com policiais do Movimento Antifascismo, definido pela parlamentar como um grupo “de policiais progressistas e de esquerda” que pautam o tema da segurança pública com outra lógica no país. “Eles tratam de uma segurança mais voltada para os direitos humanos, que combata a lógica da guerra, do extermínio, do genocídio e que também visa a restruturação das carreiras policiais com maior valorização desses profissionais, para que toda sociedade ganhe e que o policial seja visto como alguém que protege a vida e não que promove a guerra”, salientou.
Sobre o programa de combate à violência lançado na última quinta-feira pelo governo federal, Sâmia afirmou que ainda não conhece detalhes do projeto, mas afirmou que o presidente Bolsonaro vem atuando, desde o início da gestão, sob o pilar da expansão do número de armas e da política de aumento do encarceramento. “Acho que nenhuma dessas duas lógicas que se expressam também nesse programa vão resolver a nossa situação”. Ontem, as deputadas visitaram o Diario, onde foram recebidas pelo vice-presidente Maurício Rands. Também acompanhou as parlamentares o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), Áureo Cisneiros.
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