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Transmissão ao vivo

Bolsonaro cita caso Rhuan e diz que vai ''abortar ideologia de gênero''

Publicado em: 11/07/2019 21:30 | Atualizado em: 11/07/2019 22:50

Foto: Reprodução/Facebook (Foto: Reprodução/Facebook)
Foto: Reprodução/Facebook (Foto: Reprodução/Facebook)
Durante transmissão ao vivo no Facebook, nesta quinta-feira (11) à noite, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil mostrará à Organização das Nações Unidas (ONU) que vai superar definitivamente a "ideologia de gênero". 

O comentário foi feito quando o presidente comentou o documento por meio do qual o país se candidata à reeleição no Conselho de Direitos Humanos da ONU. "Nossa bandeira lá será, logicamente, voltada para a família e (a de) abortar de vez a questão da ideologia de gênero", disse Bolsonaro.

De acordo com o presidente, a "ideologia de gênero" tem de ser combatida para que casos como o do menino Rhuan Maycon, morto em Samambaia pela mãe e a companheira após ter o pênis decepado, não aconteçam mais. 

"O casal de lésbica cortou o piu-piu porque achava que ele nasceu para ser mulher. Sem comentários", disse Bolsonaro, antes de o chanceler, Ernesto Araújo, que participava da transmissão, completar: "Ideologia de gênero tem que tocar fogo, porque isso causa danos à saúde da família".

O Brasil foi eleito em outubro de 2016 para integrar o conselho entre 2017 e 2019. Formado por 47 membros, o organismo ligado à ONU permite uma reeleição, tentada agora pelo governo Bolsonaro. O texto, enviado nesta quinta-feira, no entanto, causou polêmica devido à forte mudança de conteúdo.

Enquanto em 2016 o país argumentava que estava comprometido com o combate à tortura e a favor da igualdade de gênero, o documento enviado agora não toca nesses pontos e foca especialmente o fortalecimento "das estruturas e relações familiares".
 
Passaportes
Ainda sobre a questão de gênero, Bolsonaro também comentou mudanças nos passaportes emitidos pelo país. Segundo Bolsonaro, os documentos trarão espaços específicos para os nomes do pai e da mãe. 

Atualmente, os campos são nomeados de "genitor 1" e "genitor 2", e, segundo o site da Polícia Federal, "são de livre preenchimento, em face da possibilidade de novas constituições familiares, inclusive para união homoafetiva".

Bolsonaro justificou a mudança dizendo que "todo mundo nasceu do homem e da mulher".

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