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Política
VÍDEO

Coronel da reserva que fez ameaças a Rosa Weber usará tornozeleira eletrônica

Carlos Alves poderá ser investigado pelos crimes de difamação, injúria, constrangimento ilegal e ameaça

Publicado: 26/10/2018 às 20:22

Foto: Reprodução/Youtube/Foto: Reprodução/Youtube

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A Polícia Federal informou nesta sexta-feira (26) que o coronel da reserva Carlos Alves vai passar a usar tornozeleiras eletrônicas, após decisão da 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Alves divulgou um vídeo nas redes sociais com ofensas à presidente do TSE, Rosa Weber, e a outros ministros do STF. "Se você aceitar essa denúncia ridículo e tentar tirar Bolsonaro por crime eleitoral, nós vamos derrubar vocês."

Além da tornozeleira eletrônica, a justiça o proibiu de andar armado e possuir arma em casa. Carlos Alves poderá ser investigado pelos crimes de difamação, injúria, constrangimento ilegal, ameaça, além de crimes previstos na Lei de Segurança Nacional. 

Posicionamento do Exército

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, pediu que o Ministério Público Militar (MPM) investigue a conduta do coronel da reserva Carlos Alves. Em nota, o Exército confirmou a identidade do militar e disse que ele "deve assumir as responsabilidades pelas declarações, as quais não representam o pensamento do Exército Brasileiro". 

Confira a nota da PF na íntegra:


"Brasília/DF -A Polícia Federal cumpriu na tarde de hoje (26/10) mandado de busca e apreensão, expedido pela 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A ação é resultado de representação da Polícia Federal à Justiça, com o objetivo de investigar ameaças e ofensas, divulgadas em vídeos na internet, a diversas instituições e autoridades da República. Foram apreendidos pela PF dispositivos de armazenamento de dados, como computadores e aparelhos celulares.

Além do mandado de busca e apreensão cumprido no Rio de Janeiro, o juízo determinou o monitoramento eletrônico do investigado, a proibição de andar armado e possuir arma em casa, o impedimento de deslocar-se à cidade de Brasília, bem como a obrigação de se manter a pelo menos de 5 km de distância de todos os Ministros do STF, do TSE e do Ministro de Estado da Segurança Pública.

O investigado poderá responder pelos crimes de difamação, injúria, constrangimento ilegal, ameaça, além de crimes previstos na Lei de Segurança Nacional."
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