Pernambuco

Em sabatina, Armando aposta na qualificação e humanização da saúde pública

Candidato voltou a criticar a gestão de Paulo Câmara e afirmou que é preciso restaurar a autoridade do governo

Publicado em: 19/09/2018 14:07 | Atualizado em: 19/09/2018 15:35

Foto: Divulgação
Em entrevista à Rádio Jornal Caruaru, nesta quarta-feira (19), o candidato ao governo do estado pelo (PTB) Armando Monteiro foi questionado sobre a proposta que tem para zerar o IPVA de motos de até 150 cilindradas. O senador argumentou que as motocicletas não são utilizadas apenas como meio de locomoção, mas, também, como fonte de renda, a exemplo dos motoboys. O senador também prometeu reduzir o débito dos pernambucanos, eliminando multas, e dar a chance dos cidadãos e cidadãs que tiveram motos apreendidas as terem de volta. 

O tema mais abordado na entrevista foi a questão da saúde no estado. Jornalistas de diversas cidades do interior pernambucano indagaram o candidato acerca de problemas pontuais nas cidades. Perguntado várias vezes sobre a construção de hospitais, Armando colocou que, a princípio, o necessário é fazer a rede atual funcionar. Para isso, ele aposta em quatro pontos: descentralização, melhoria da gestão, qualificação e humanização do serviço. O postulante também criticou o atraso dos repasses feitos pelo governo aos municípios, além de sustentar a ideia que as organizações sociais (OSs) responsáveis pelos serviços de saúde precisam ser controladas e fiscalizadas. Para diminuir as filas nos hospitais, o petebista propôs a criação de mutirões.

A violência, tema recorrente nas entrevistas feitas com os candidatos ao governo de Pernambuco, voltou a ser citada. Armando reafirmou que é preciso restaurar a autoridade do governo, que, segundo ele, está em falta e sendo desrespeitada. "A sensação que se tem hoje é que os bandidos não respeitam mais a autoridade do Estado", comentou. A solução, para ele, é investir em inteligência e "rastrear todas essas organizações criminosas", criando 12 centrais de comando e inteligência, caso seja eleito. 

Quando o tema migrou para o Pacto Pela Vida e o senador foi questionado se continuaria com o programa, a resposta foi sucinta: "aquilo que é bom a gente tem que aproveitar". O postulante elogiou o período em que Eduardo Campos esteve à frente do governo gerindo o programa, mas questionou a gestão de Paulo Câmara (PSB). "Por que na época de Eduardo funcionou, e o mesmo modelo não funcionou na época de Paulo? Porque esse modelo necessita de gestão e liderança". 

A construção de novos presídios também foi colocada na sabatina. Apesar de não acreditar que isso seja a solução para a questão da criminalidade, Armando propôs construir mini-presídios através de parcerias público-privadas (PPPs). Segundo ele, o grande problema é o contato entre o jovem infrator e as organizações criminosas presentes nos presídios no estado. A saída para isso estaria na aproximação dos jovens detentos com a comunidade e com as respectivas famílias.
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