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Morre o empresário e ex-deputado federal Gilson Machado Filho

Velório será no cemitério Morada da Paz, em Paulista, a partir das 10h desta segunda-feira (23).

Publicado em: 22/04/2018 20:18 | Atualizado em: 22/04/2018 20:25

Crédito: Nando Chiappetta. DP/D.A Press.  (Crédito: Nando Chiappetta. DP/D.A Press. )
Crédito: Nando Chiappetta. DP/D.A Press. (Crédito: Nando Chiappetta. DP/D.A Press. )

O empresário e ex-deputado federal Gilson Machado Guimarães Filho faleceu, na tarde deste domingo (22). Aos 75 anos, ele vinha em tratamento contra um câncer. Com  destacada atuação também no setor sucroalcooleiro de Pernambuco, Gilson foi um dos deputados participantes da Assembléia Nacional Constituinte. Ele, que deixa mulher e três filhos, será velado no cemitério Morada da Paz, em Paulista, a partir das 10h desta segunda-feira (23). A cremação acontecerá às 19h.

Filho de Gilson Machado Guimarães e de Cordélia Lopes Machado Guimarães, o empresário do setor canavieiro teve papel preponderante na liderança classista dos usineiros de Pernambuco. Formado em direito pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Gilson foi diretor executivo do conselho de administração da Agroindustrial Matary Ltda. e da Indústria Madeireira Ltda., ambas em Santa Luzia (MA), de 1973 a 1977. Participou da diretoria do Sindicato da Indústria do Açúcar de Pernambuco (Sindaçúcar) entre 1970 e 1973 e representou a entidade nos planos de safra do Instituto do Açúcar e do Álcool durante seis anos.

“Ele foi um empresário que teve atuação mercante no sindicato, entre a década de 70 e 80. Elevou a representação do sindicato para patamares que marcaram a defesa dos empregos da cana no Nordeste e em Pernambuco. Defendeu o livre mercado, sem a presença do dirigismo econômico que havia na época”, afirmou o presidente do Sindaçúcar-PE, Renato Cunha.

Em 1981, Gilson participou da comitida do então presidente da República, general João Figueiredo, a Washington, nos Estados Unidos. Voltou a participar da comitiva presidencial ao México, a Tóquio, no Japão, e a Pequim, na China, entre 1982 e 1985. Sua atuação política começou em fevereiro de 1987, quando tomou posse como deputado federal constituinte pelo Partido da Frente Liberal (PFL). Tutilar de diversas comissões e subcomissões, Gilson votou a favor da pena de morte e da pluralidade sindical. Votou contra a remuneração 50% superior para o trabalho extra, a jornada semanal de 40 horas, o turno ininterrupto de seis horas e o o voto facultativo aos 16 anos.

Reeleito em 1990, foi um dos 38 parlamentares a votar contra o impeachment do presidente Fernando Collor de Melo. Ele é autor de livros como Açúcar e álcool, seus problemas e sua importância em Pernambuco (1978), Álcool — depoimento de um empresário pernambucano (1979) e Cana de açúcar em Pernambuco, em busca de novos caminhos (1982).

Em nota, a executiva estadual do Democratas e o deputado federal Mendonça Filho lamentaram o falecimento do empresário e expressaram solidariedade à família. O partido resaltou a atuação parlamentar destacada durante os trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte e a firmeza de posições na defesa das suas crenças.
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