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CANDIDATURA

João Paulo troca PT por PCdoB

O ex-prefeito disse que poderá ajudar mais Lula e o PT fora da legenda.

Publicado em: 06/04/2018 18:07 | Atualizado em: 06/04/2018 18:20

João Paulo garantiu que não negociou nenhum cargo para ingressar no PCdoB. Foto: Gabriel Melo/Esp. DP (João Paulo garantiu que não negociou nenhum cargo para ingressar no PCdoB. Foto: Gabriel Melo/Esp. DP)
João Paulo garantiu que não negociou nenhum cargo para ingressar no PCdoB. Foto: Gabriel Melo/Esp. DP (João Paulo garantiu que não negociou nenhum cargo para ingressar no PCdoB. Foto: Gabriel Melo/Esp. DP)
Sentido-se escanteando pelo partido que ajudou a fundar em Pernambuco há 38 anos, o ex-prefeito do Recife João Paulo trocou o PT para se filiar ao PCdoB. A solenidade aconteceu nesta sexta-feira (06) e contou com a presença da presidente nacional da legenda, a deputada federal Luciana Santos. Em seu discurso, João Paulo falou sobre a relação histórica com o PCdoB, desde a década de 70, e aproveitou para dar uma “alfinetada” no PT, destacando que sempre foi bem tratado e acolhido pelos comunistas. “Troquei só de endereço, mas a luta é a mesma. O PCdoB é o principal aliado do PT no âmbito nacional, inclusive a presidente Gleisi Hoffmann veio do PCdoB. Está tudo em casa”, comentou. 
 
Também participaram da solenidade de filiação de João Paulo o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB) e o ex-prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB) e o presidente estadual da sigla, Alanir Cardoso. Ao comentar sobre sua saída do Partido dos Trabalhadores, João Paulo evitou bater de frente com alguns integrantes de sua ex-legenda que defendem candidatura própria no estado. No páreo estão a vereadora Marília Arraes, o deputado estadual Odacy Amorim e o sindicalista José Oliveira. “A separação com o PT foi um dos momentos mais difíceis de minha vida política em tomar essa decisão. Agora, posso ajudar mais o PT e a Lula fora do partido”, enfatizou. 
De acordo com João Paulo, a saída do PT é como o fim de um casamento. “Não se pode falar da mulher ou do esposo que conviveu por tantos anos”, brincou. O ex-petista garantiu que não condicionou seu ingresso no PCdoB a nenhum cargo para disputar a eleição. “Não pleiteei absolutamente nada. Ingresso no PCdoB como militante de base para ajudar com o projeto”, garantiu. 
 
Procurado para falar sobre o assunto, o presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro, lamentou a saída do ex-colega de partido. “João Paulo é uma liderança respeitada e estimada. Só o tempo dirá o impacto de sua saída para o PT e para ele. A história dele e do PT se confundem. Temos carinho e admiração por João Paulo e vamos tentar superar as dificuldades que a desfiliação trará para o PT e para ele”, afirmou. 
 
Sobre a possibilidade fazer aliança com o PSB para apoiar o projeto de reeleição do governador Paulo Câmara, o presidente do PT disse que a legenda seguirá com o mesmo roteiro de antes para disputar o governo do estado. “Vamos fazer um esforço para definir por consenso essa candidatura. A hipótese de uma aliança está ligada aos entendimentos nacionais. Nacionalmente, a direção do PT está buscando construir aliança com o PCdoB, PDT e PSOL para defender os interesses do povo contra os desmandos do governo Temer e em favor da democracia”, comentou.
 
Na avaliação de Bruno Ribeiro, se as conversas no plano nacional com os partidos do mesmo campo de aliança com o PT evoluírem, a direção nacional junto com a local vai analisar os desdobramentos e a repercussão no estado. “Como isso é hipótese que depende da articulação nacional, seguiremos com nosso roteiro no estado”, explicou o presidente do PT de Pernambuco. 
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