Operação

Lava-Jato prende seis pessoas, entre elas o diretor do DER no Paraná

Nova etapa da Lava-Jato apura corrupção, fraude a licitações e lavagem de dinheiro na concessão de rodovias do Paraná. Servidores públicos e empresas são alvo

Publicado em: 22/02/2018 11:31 | Atualizado em: 22/02/2018 20:08

Além dele, outras cinco pessoas foram presas na Operação Integração, 48ª etapa da Lava-Jato, na manhã desta quinta-feira (22). Foto: Ivan Bueno/Governo do Paraná
Um dos presos temporariamente na 48ª fase da Operação Lava-Jato, a primeira do ano, é o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) no Paraná, Nelson Leal. A informação foi confirmada pela Polícia Federal em coletiva à imprensa. Além dele, outras cinco pessoas foram presas na Operação Integração, 48ª etapa da Lava-Jato, na manhã desta quinta-feira (22). Os policiais também cumpriram mandados de busca e apreensão em três estados, além do Paraná. Foram feitas buscas no Palácio Iguaçu, sede do Governo do Paraná. 

Os presos são: Nelson Leal Júnior; Oscar Alberto Gayer da Silva; Wellington de Melo Volpato; Helio Ogama; Leonardo Guerra; e Sandro Antônio de Lima. Ao todo, 50 mandados de busca e apreensão e 7 de prisão temporária foram expedidos por determinação do juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), Sérgio Moro. Essa nova etapa da operação, conforme a PF, apura corrupção, fraude a licitações e lavagem de dinheiro na concessão de rodovias do Paraná. Os alvos principais da nova fase são servidores públicos e empresas.

Segundo a investigação, a concessionária Econorte, do Grupo Triunfo, depositou R$ 1 milhão ao operador Rodrigo Tacla Duran entre 2012 e 2014. A nova etapa da Lava-Jato mira o envolvimento da concessionária paranaense com os operadores financeiros Rodrigo Tacla Duran e Adir Assad, também investigados pela força-tarefa. Os investigadores também identificaram que Adir Assad fez operações financeiras ilícitas para empresas do Grupo Triunfo. Foragido da Justiça, Duran é um dos principais operadores da Odebrecht. Há indícios de que o empresário estaria escondido em Madri.

Crimes justificaram repasses
O pedido protocolado pela Lava-Jato na Procuradoria-geral da República (PGR) tem como base as investigações relacionadas às atividades de Tacla Duran e de Adir Assad, assim como apurações ligadas a irregularidades em concessões rodoviárias federais que foram realizadas inicialmente na Procuradoria da República em Jacarezinho, no Paraná. 

Em nota, o Ministério Público Federal (MPF) afirmou que, enquanto a investigação da Lava-Jato identificou atos de lavagem de dinheiro, a investigação realizada em Jacarezinho descobriu indícios dos crimes antecedentes que justificaram os repasses para os operadores financeiros, além de identificar uma verdadeira rede de empresas de fachada com a participação de agentes públicos e outros operadores financeiros em ilícitos criminais cometidos em favor da concessionária Econorte, do Grupo Triunfo. "Essa investigação resultou na identificação de ilícitos na atuação da concessionária Econorte em relação à execução do contrato de concessão rodoviária", afirma o MPF.

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