Opinião Raimundo Carrero: Prêmios confirmam grandeza literária de Pernambuco Raimundo Carrero é escritor e jornalista

Publicado em: 09/10/2017 07:50 Atualizado em:

Continuamos no front e estamos assegurados para o futuro com escritores de alta qualidade ocupando os melhores espaços da literatura brasileira. Vejam, por exemplo, a presença de Mário Rodrigues entre os finalistas do Prêmio Jabuti, a mais importante láurea das nossas letras, com o seu “receita para se fazer um monstro”, já ganhador do prêmio Sesc, com publicação da Editora Record.

Ao mesmo tempo acontece o lançamento do livro de contos Ninguém detém a noite, de Nivaldo Tenório, já consolidado como um dos jovens autores pernambucanos, responsável pela renovação do gênero no estado e, consequentemente no Brasil. O livro, editado pela Confraria do Vento, reúne alguns trabalhos que se destacam pelo gosto artístico e pela habilidade na condução das histórias e dos personagens.

Destaco o nome dos dois porque moram e trabalham em Garanhuns, esta enriquecedora cidade do interior do estado com presença destacada na literatura através de Luzilá Gonçalves Ferreira, que alia a capacidade de ensinar com uma obra literária sólida e consagrada, a ressaltar personagens históricos e fundamentais, que também enriquecem a nossa cena humana, com Bento Teixeira e Felipa, no belo Rios Turvos. Sem esquecer Luís Jardim, escritor e ilustrador reconhecido pelo trabalho desenvolvido sobretudo na Editora José Olympio. Pessoalmente, sou fã e entusiasta da obra de Luzilá, cujo romance Muito além do corpo, leio e estudo com frequência. Uma obra exemplar.

Continuo aqui, porém, refletindo sobre Mário Rodrigues e Nivaldo Tenório, os meninos de Garanhuns. Aí está assegurado o nosso futuro literário. São autores sérios, criativos e empenhados, já consagrados em época de formação. Reitero a minha alegria porque isso não é comum e porque são alunos em oficinas que aplico em todo o estado.

Mário é finalista do Jabuti e pode ganhar o prêmio logo, Nivaldo lança livro marcante com habilidade de artesão, de quem é íntimo ficcionista. Os dois sempre levaram a sério o estudo da criação. Os resultados vão aparecendo  não se surpreendam com conquistas maiores.
Lembro, ainda, o nome de Andrea Ferraz, minha aluna no Centro Cultural, vencedora do prêmio principal de romance da Academia Pernambucana de Letras no ano passado. As  meninas também merecem atenção:  Micheliny Verunski e Débora Ferraz, ganhadoras do prêmio São Paulo.


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