CCJ
Denúncia tem como vértice criminalização da atividade política, diz advogado
Eduardo Carnelós questionou a falta de provas na denúncia apresentada pelo ex-procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, contra Temer
Por: AE
Publicado em: 10/10/2017 19:20 Atualizado em:
Advogado de defesa do presidente Michel Temer, Eduardo Carnelós, afirmou nesta terça-feira, em discurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra seu cliente tem como "vértice" a criminalização da atividade política. Para ele, a peça acusatória é "inepta" e deve ser rejeitada pelos deputados, pois não apresenta provas, a não ser a palavra de delatores.
"A denúncia apresentada nos termos que se deu é libelo contra a democracia representativa. Ela tenta imputar a homens que dedicaram vidas à política a prática criminosa", afirmou Carnelós. Além de Temer, a PGR denunciou os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência). Os três foram denunciados por organização criminosa. Temer, por sua vez, foi denunciado também sozinho por obstrução de Justiça.
O advogado questionou a falta de provas da denúncia apresentada pelo ex-procurador-Geral da República Rodrigo Janot, que deixou o cargo em 17 de setembro. "Será respeitoso acusar o presidente da República com base em denúncia sem provas, a não a ser a palavra de malfeitores confessos. Será isso respeitoso?", declarou Carnelós em seu discurso, ressaltando ainda que os fatos narrados aconteceram antes de Temer assumir a presidência da República.
A defesa afirmou que, para "escapar" de punições que seriam impostas pelo Ministério Público, os donos do grupo J&F;, que controla o frigorífico JBS, se dispuseram a atender às pretensões de Janot. O advogado negou, porém, que esteja fazendo ataques pessoais à figura de Janot. "A defesa atacou e o faz novamente os métodos sórdidos usados por vossa excelência. E os métodos tem de ter qualificados", afirmou.
Carnelós ainda elogiou o relator da denúncia na CCJ, deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que apresentou parecer pela rejeição da denúncia contra Temer e ministros. Citando passagem bíblica, o advogado afirmou que o relator "seguiu os ensinamentos de Cristo". "Vossa excelência não se intimidou, como ninguém duvidou. Vossa excelência os tratou como merecem ser tratados", disse.
"A denúncia apresentada nos termos que se deu é libelo contra a democracia representativa. Ela tenta imputar a homens que dedicaram vidas à política a prática criminosa", afirmou Carnelós. Além de Temer, a PGR denunciou os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência). Os três foram denunciados por organização criminosa. Temer, por sua vez, foi denunciado também sozinho por obstrução de Justiça.
O advogado questionou a falta de provas da denúncia apresentada pelo ex-procurador-Geral da República Rodrigo Janot, que deixou o cargo em 17 de setembro. "Será respeitoso acusar o presidente da República com base em denúncia sem provas, a não a ser a palavra de malfeitores confessos. Será isso respeitoso?", declarou Carnelós em seu discurso, ressaltando ainda que os fatos narrados aconteceram antes de Temer assumir a presidência da República.
A defesa afirmou que, para "escapar" de punições que seriam impostas pelo Ministério Público, os donos do grupo J&F;, que controla o frigorífico JBS, se dispuseram a atender às pretensões de Janot. O advogado negou, porém, que esteja fazendo ataques pessoais à figura de Janot. "A defesa atacou e o faz novamente os métodos sórdidos usados por vossa excelência. E os métodos tem de ter qualificados", afirmou.
Carnelós ainda elogiou o relator da denúncia na CCJ, deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que apresentou parecer pela rejeição da denúncia contra Temer e ministros. Citando passagem bíblica, o advogado afirmou que o relator "seguiu os ensinamentos de Cristo". "Vossa excelência não se intimidou, como ninguém duvidou. Vossa excelência os tratou como merecem ser tratados", disse.
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