Opinião Raimundo Carrero: A força do livro e dos escritores em Pernambuco Raimundo Carrero é escritor e jornalista

Publicado em: 25/09/2017 07:22 Atualizado em:

É verdade  que a maré anda baixa em alguns setores. Mas a literatura pernambucana vem dando mostras de força e de vitalidade nos meses mais recentes, sobretudo com a realização de feiras e encontros de escritores sempre com a presença de grande público, com lançamentos e relançados constantes, a enriquecer as prateleiras e os arquivos. Nunca o livro esteve tão vivo e o e-book caindo pelas tabelas. A palavra escrita continuará viva, bem viva, a desmentir os profetas do caos.
Somos um estado de eventos literários. Semana passada tivemos, pelo menos, dois eventos de porte: 1 – A Feira Nacional e Nordestina do Livro em Pernambuco (Fenelivro), promovida pela Andelivro, à frente José Alventino Filho, com apoio decisivo do governo do estado, através das secretarias de Educação e Cultura, e sobretudo da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), com lançamentos de livros, incluindo aí a antologia de contos de Hermilo Borba Filho. 2 – Também se realizou em Porto de Galinhas a Flipo – Feira Literária Internacional de Ipojuca – promovida pela UBE – à frente Alexandre Santos.
Anuncia-se para breve a realização da Bienal do Livro em Pernambuco, uma promoção da Companhia de Eventos, dirigida por Rogério Robalinho, com a presença de destacados artistas nacionais. A Bienal, ao lado da Fenelivro, reforça a importância da literatura pernambucana, colocando sempre em debate as nossas produções ricas em títulos e em tiragens, com autores jovens e consagrados.
Ao lado disso, o Sesc, com José Manoel Sobrinho, continua a desenvolver intensa programação literária em todo o estado, sobretudo com a realização de oficinas e de seminários. Semana passada esteve entre nós o escritor paulista Ronaldo Bressane, a orientar oficinas, com a autoridade de ficcionista de primeira qualidade. Ficou entusiasmado com o evento em Arcoverde, onde encontrou alunos promissores.
Aliás, Pernambuco está devendo muito ao Sesc , a José Manoel Sobrinho e  Cida Pedrosa, realizadores de portais e oficinas pelo interior, mobilizando a juventude do estado. Somos, portanto, um estado de grande força literária tanto no interior quanto nos grandes centros, mobilizando estudantes em todos os quadrantes.



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