OPINIÃO Giovanni Mastroianni: Razões pelas quais a ABPH merece ajuda Giovanni Mastroianni é advogado, administrador e jornalista

Publicado em: 18/09/2017 07:30 Atualizado em:

Antes de tudo mais, preciso esclarecer que ABPH é a sigla de Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite. Como é sobejamente sabido, hepatite é a inflamação aguda ou crônica do fígado, que pode ter diversas causas, entre outras merecem registro as infecções virais. O surgimento de problemas hepáticos, em pessoa de minha família, fez-me conhecer melhor essa entidade que tem como lema primordial: "lutando pelos que lutam sós". Também, aproximou-me do famoso médico hepatologista Cláudio Moura Lacerda e da infectologista Heloísa Ramos Lacerda, ele cirurgião responsável por mais de mil transplantes hepáticos, em Recife, e ela pelo tratamento e cura de portadores dessa patologia que, independentemente de sexo, raça ou idade, pode atingir qualquer pessoa.

O Sistema Único de Saúde - SUS - tem sido uma das principais entidades públicas no auxílio às instituições patrocinadoras de combate a tão grave doença. Porém, sem ajuda de particulares é muito difícil o transplante ou mesmo o tratamento do fígado daqueles infortunados, diagnosticados com problemas hepáticos, portadores de uma das várias categorias de hepatites virais, que podem ter um curso muito variável e algumas vezes fatal.

Recebo quase que mensalmente informações da ABPH, relatando problemas que afligem alguns dos portadores de doenças hepáticas, folhetos esses que, geralmente, são acompanhados de boletos e de pequenos brindes, na esperança de que aquela instituição venha a receber modestas colaborações espontâneas. Este mês, tomei conhecimento de uma garotinha, que, por ironia do destino, tem o prenome de Dádiva, cujo significado é "presente" ou "graça", mas que, em verdade, está sim necessitando de donativos. Ilustra o folder uma menina carequinha, cuja ausência de cabelos foi causada pelo tratamento. Ela chegou à clínica gratuita da ABPH, na Av. Brigadeiro Luís Antonio 2234, no Jardim Paulista, em São Paulo, com diagnóstico de câncer de fígado. Após seu internamento, foram iniciadas as sessões de quimioterapia, método que utiliza compostos químicos, denominados quimioterápicos, ocasionando nela a imediata queda dos cabelos, produzindo reações características de um tratamento forte, como é a quimioterapia antineoplásica. Agora, a expectativa dos médicos é de que diminua o volume do tumor para, depois, eliminá-lo com uma cirurgia. Antes, porém, necessita de um exame de alto custo,que detecta possíveis carcinomas em todo corpo: Pet Scan, um procedimento de extrema precisão no diagnóstico e acompanhamento dessa e de outras doenças graves, contribuindo, através da medicina nuclear, a fim de que o médico possa definir a melhor conduta a ser tomada. Como a rede pública de saúde ainda não se pronunciou e a doença continua evoluindo, não se pode esperar mais e a única solução é a ajuda enviada por corações caridosos. Dei minha modesta contribuição, integrando a "Rede pela vida" para que Dádiva tenha o futuro que toda criança merece e tem direito. Espera, agora, gestos de amor.


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