Por: Aline Moura - Diario de Pernambuco
Publicado em: 02/06/2017 08:00 Atualizado em:
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| Bruno Araújo anunciou R$ 25 milhões para famílias atingidas pelas chuvas em Pernambuco R$ 201 milhões para novo Minha Casa, Minha Vida. Foto: Rafael Lux/Ministério das Cidades |
Dos R$ 75 milhões que serão liberados para Pernambuco pelo programa Cartão Reforma, que será lançado em Caruaru, pelo ministro Bruno Araújo (PSDB), R$ 25 milhões serão destinados, especificamente, para os 31 municípios atingidos pelas chuvas. O anúncio foi feito por Bruno Araújo no escritório do ministério, na Ilha do Leite no Recife, dois dias depois de o governador Paulo Câmara (PSB) solicitar a liberação de R$ 20 milhões ao Ministério da Integração, comandado por Hélder Barbalho, para questões humanitárias e recuperação de acessos às cidades. Na mesma ocasião, o tucano divulgou mais recursos que virão para estado a partir do novo Minha Casa, Minha Vida, no total de R$ 201 milhões que levantarão 2.697 unidades habitacionais.
A repaginação do programa - a menina dos olhos da primeira gestão de Dilma Rousseff (PT) - será divulgada hoje, em Brasília, numa agenda positiva de Temer. O governo federal vai dar início à construção de 25 mil unidades no país, com entrada no mercado de R$ 2,7 bilhões.
Bruno Araújo confirmou que, além de R$ 17 milhões já assegurados por Hélber Barbalho ao governador Paulo Câmara, R$ 25 milhões do Cartão Reforma vão favorecer famílias atingidas pelas cheias, de forma emergencial, e já podem ser usados dentro de um mês, dependendo da agilidade dos gestores municipais.
Para ter acesso ao Cartão Reforma, as famílias serão cadastradas pelas prefeituras municipais. Podem ser favorecidas àquelas com renda de até R$ 2, 8 mil e que tiveram as casas danificadas pelas chuvas. Os valores devem variar de R$ 2 mil a R$ 9 mil e só podem ser usados para compra de material de construção, através do cartão. A família cadastrada também precisa ser dona do imóvel e morar em áreas passíveis de serem regularizadas para receber o benefício federal.
Quem reside em áreas ribeirinhas, não pode ser incluído no programa. O ministro justificou que o governo não tem como estimular ocupações irregulares e com risco de vida. No caso de quem perdeu tudo, os municípios vão precisar fazer o cadastro para Minha Casa, Minha Vida. “O cronograma nosso vai depender da agilidade das prefeituras. A partir de amanhã, os técnicos já podem começar os credenciamentos (do Cartão Reforma)”, explicou.
Antecipação - Segundo Bruno, alguns conjuntos habitacionais do Minha Casa, Minha Vida, que começaram na gestão de Dilma e estavam paralisados, tiveram as obras retomadas e já possuem condições de habitação. Isso vai beneficiar 468 famílias em Barreiros e, de forma mais emergencial, 105. Em Jurema, das 504 unidades disponíveis, 57 serão disponibilizadas para quem perdeu tudo nas chuvas. “Retomamos cerca de 30 mil obras paralisadas no país”, disse ele, acrescentando que as residências estarão prontas para morar em 30 dias.
No tocante às mudanças do Minha Casa, Minha Vida, ele afirmou que, entre as novas regras, nenhum habitacional terá mais de mil apartamentos. Os habitacionais serão mais perto das escolas e do comércio e terão menor número de apartamentos. “A lógica é humanizar esses espaços e incluí-los dentro do tecido urbano. Desde 2015, este é o primeiro movimento importante de contratação de novas residências na faixa 1, aquela que atende à população mais pobre”.
