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Maria Carolina Galvão: Novos conceitos em reabilitação de Ligamento Cruzado Anterior (LCA)
Quem nunca sofreu ou conhece alguém que teve uma lesão de joelho? A lesão do Ligamento Cruzado Anterior (LCA) é frequente em atletas profissionais e de final de semana
Publicado: 09/12/2016 às 07:11
Por Maria Carolina Galvão
Fisioterapeuta e sócia do Instituto Trata Recife
Quem nunca sofreu ou conhece alguém que teve uma lesão de joelho? A lesão do Ligamento Cruzado Anterior (LCA) é frequente em atletas profissionais e de final de semana. Se o jogador tem um bom condicionamento físico e uma boa estrutura corporal, tem menor chance de romper o ligamento por causa atraumática”, ou seja, sem contato. Esta lesão pode impedí-lo de retornar aos jogos por alguns meses. O atleta pode sofrer uma torção com o pé fixo no chão por causa de algum movimento feito em campo, acarretando o problema.
Se este ligamento for realmente rompido, o joelho pode permanecer instável e o jogador pode encontrar dificuldade de se movimentar em campo. Na grande maioria dos casos, a lesão exige um tratamento cirúrgico, acompanhado de fisioterapia para obter êxito na recuperação do joelho.
A cirurgia é feita com a substituição do ligamento por um enxerto. Nos primeiros dias do pós-operatório, é importante não fazer nenhum tipo de esforço físico, pois somente após a oitava semana, o joelho ganhará resistência suficiente. Com o avanço contínuo da ciência, se faz necessário sempre estar em pesquisa e acompanhando os novos resultados descobertos. E esta busca por novos conhecimentos nos faz quebrar paradigmas.
Um estudo atual (Fukuda et al, 2013), apresentou um protocolo premiado na America Journal of Sports Medicine – AJSM. E este, nos leva a direcionar o tratamento com o objetivo de obter a recuperação total da articulação acometida, no pós cirúrgico. O tratamento se baseia em fases. A primeira seria com o objetivo de diminuir a dor e a inflamação, relaxando a musculatura que está tensa. A segunda consta de técnicas de terapia manual e mobilização articular. Posteriormente, exercícios de força para a estabilização também devem ser realizados. E, por fim, a terceira fase, que visa o fortalecimento, o equilíbrio e a correção biomecânica. Nesta, o treinamento de força e o sensório motor são intensificados. No final do tratamento, o fisioterapeuta faz uma análise da postura estática e dinâmica para guiar o treino funcional.
O tema foi apenas um dos assuntos discutidos no I Simpósio de Atualização do Joelho: do diagnóstico à performance que aconteceu no dia 18 de novembro, no Centro de Convenções do Hotel Courtyard Recife, em Boa Viagem. O evento foi promovido pelo Boris Berenstein Imagem & Laboratório, Instituto Trata, Integra Fisioterapia e ITC Vertebral e reuniu médicos, fisioterapeutas e educadores físicos.
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