° / °

Política
Redução "reduzida"

Cortes na Assembleia Legislativa de Pernambuco foram reduzidos a R$ 7,6 milhões

Publicado: 03/09/2015 às 10:00

Integrantes da mesa diretora da Assembleia Legislativa e do Sindicato dos Servidores no Poder Legislativo do Estado de Pernambuco (Sindilegis-PE) bateram o martelo sobre o número de cargos que deixarão de existir como parte do projeto de lei (398/15), que pretende reduzir os custos na Casa de Joaquim Nabuco. Ontem, após duas reuniões, ficou decidido que, além da demissão de 98 comissionados dos 49 gabinetes, outras 63 vagas efetivas não ocupadas serão extintas. Com o acordo, a proposta deverá ser levada a votação ainda hoje durante a sessão ordinária.

Na última terça-feira, o primeiro secretário, deputado Diogo Moraes (PSB), anunciou um corte de R$ 10,6 milhões por ano, como parte de um plano para redução de gastos. Entre esses cortes, havia um contingenciamento de R$ 4,7 milhões com a demissão de 98 comissionados e a extinção de 167 cargos efetivos não ocupados. O anúncio gerou reação do sindicato, que argumentou que estes últimos não tinham qualquer impacto de economia, já que estão vagos. Na prática, os R$ 4,7 milhões seriam apenas R$ 1,7 milhão (saída dos comissionados). Os outros R$ 3 milhões seriam gastos apenas se as vagas fossem ocupadas. Logo, a economia real no momento é de R$ 7,6 milhões.

Extinção
Com a negociação, ficou decidido que as funções atendidas pelo último concurso, mesmo com vagas ainda disponíveis segundo o Plano de Cargos e Carreiras de 2013, seriam extintas. Mesmo “salvando” 104 vagas, o sindicato e a mesa acordaram que elas não serão ocupadas enquanto durar o período de crise e contenção de gastos. “Temos com o sindicato esse acordo de não preencher estas vagas enquanto não tivermos uma saúde financeira que vislumbre algo melhor no futuro. Estamos continuando os estudos para ver onde vamos enxugar mais. Se for preciso, vamos enxugar mais, haja visto que ainda teremos R$ 20 milhões a menos no orçamento do ano que vem”, acrescentou Diogo.

O presidente do Sindilegis-PE, o jornalista Marconi Glauco, considerou que a negociação foi vitoriosa, pois além da redução dos cargos extintos, os deputados se comprometeram a iniciar um estudo para ocupação futura dessas vagas. “A partir de terça-feira começaremos a conversar sobre a reestruturação do quantitativo de cargos efetivos que a Assembleia precisa para ter uma nova dinâmica e, possivelmente, um novo concurso público para preencher essas vagas. Não há data prevista, mas vamos começar um processo de negociação para repensar essa estrutura de cargos vagos”, explicou.
Mais de Política