Política
Decisão do Tesouro Nacional
Recife e Jaboatão estão ameaçados de deixar de receber mais de R$ 850 milhões
Publicado: 19/08/2015 às 09:55
A decisão do Tesouro Nacional de suspender o aval para financiamento de investimentos dos estados e municípios junto a organismos multilaterais, a exemplo do Banco Mundial (Bird), por tempo indeterminado, provocou reflexos diretos em duas cidades pernambucanas. Com a decisão, Recife deixará de receber U$$ 220 milhões, valor superior a mais de R$ 700 milhões (vindos do Bird), e Jaboatão dos Gurarapes poderá perder R$ 150 milhões da Caixa de Apoio a Países da América Latina (CAF).
Todos os municípios afetados (Recife, Fortaleza, Florianópolis, Campo Grande, Maceió, Sorocaba, Maracanau e Jaboatão) terão suspensão de projetos que chegam a US$ 2,03 bilhões. Com os estados (São Paulo, Paraíba, Mato Grossol, Paraná, Amazonas e Distrito Federal), a soma é de US$ 1,37 bilhão. Ontem, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), afirmou que o prejuízo para a cidade será inevitável, já que conta com um empréstimo do Banco Mundial. “Tem um impacto na população. Temos uma operação com o Banco Mundial que aguarda a liberação do empréstimo para fazermos obras na cidade”, disse o socialista. Apesar da suspensão por tempo indeterminado, o prefeito espera que a decisão seja revertida em breve.
Oficialmente, o Tesouro pretende analisar com mais rigor a questão fiscal dos estados e municípios antes de liberar os recursos. No caso do Recife, o prefeito informou que a prefeitura atendeu as exigências da União, mas já dá a receita do que fará em caso de recusa. “Vamos continuar fazendo tudo até o próximo ano mesmo sem empréstimo. Se for liberado, vamos fazer muito mais”, disse.
Para o prefeito de Jaboatão, Elias Gomes (PSDB), a decisão da União é incoerente com o momento nacional. “A lógica seria que o governo federal estimulasse os estados e municípos a trazerem aportes de recursos externos”, enfatizou o tucano. Ele acrescentou, ainda, que Jaboatão atendeu todas as exigências técnicas e está sem dívida para qualquer financiamento. “Estamos com uma capacidade de endevidamento (R$ 700 milhões) seis vezes maior que o valor que estamos contraindo”, garantiu.
R$ 700 milhões
O que dava para fazer com esse dinheiro?
1 obra semelhante à Via Mangue, que teve o custo total de R$ 431 milhões
12 unidades hospitalares semelhantes ao Hospital da Mulher do Recife
388 Upinhas 24 horas, que exige um investimento inicial de R$ 1,8 milhão para a construção no Recife
58 unidades do Compaz, equilalente à do Alto Santa Terezinha, orçada em R$ 12 milhões
437 creches-escola do porte que está sendo construída na UR-5, no valor R$ 1,6 milhão
Todos os municípios afetados (Recife, Fortaleza, Florianópolis, Campo Grande, Maceió, Sorocaba, Maracanau e Jaboatão) terão suspensão de projetos que chegam a US$ 2,03 bilhões. Com os estados (São Paulo, Paraíba, Mato Grossol, Paraná, Amazonas e Distrito Federal), a soma é de US$ 1,37 bilhão. Ontem, o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), afirmou que o prejuízo para a cidade será inevitável, já que conta com um empréstimo do Banco Mundial. “Tem um impacto na população. Temos uma operação com o Banco Mundial que aguarda a liberação do empréstimo para fazermos obras na cidade”, disse o socialista. Apesar da suspensão por tempo indeterminado, o prefeito espera que a decisão seja revertida em breve.
Oficialmente, o Tesouro pretende analisar com mais rigor a questão fiscal dos estados e municípios antes de liberar os recursos. No caso do Recife, o prefeito informou que a prefeitura atendeu as exigências da União, mas já dá a receita do que fará em caso de recusa. “Vamos continuar fazendo tudo até o próximo ano mesmo sem empréstimo. Se for liberado, vamos fazer muito mais”, disse.
Para o prefeito de Jaboatão, Elias Gomes (PSDB), a decisão da União é incoerente com o momento nacional. “A lógica seria que o governo federal estimulasse os estados e municípos a trazerem aportes de recursos externos”, enfatizou o tucano. Ele acrescentou, ainda, que Jaboatão atendeu todas as exigências técnicas e está sem dívida para qualquer financiamento. “Estamos com uma capacidade de endevidamento (R$ 700 milhões) seis vezes maior que o valor que estamos contraindo”, garantiu.
R$ 700 milhões
O que dava para fazer com esse dinheiro?
1 obra semelhante à Via Mangue, que teve o custo total de R$ 431 milhões
12 unidades hospitalares semelhantes ao Hospital da Mulher do Recife
388 Upinhas 24 horas, que exige um investimento inicial de R$ 1,8 milhão para a construção no Recife
58 unidades do Compaz, equilalente à do Alto Santa Terezinha, orçada em R$ 12 milhões
437 creches-escola do porte que está sendo construída na UR-5, no valor R$ 1,6 milhão
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