Ministro da Educação Bruno Araújo pede demissão de Cid Gomes por ter chamado deputados de "achacadores" De acordo com bruno, a demissão ou não de Cid, deixará claro o tipo de relação que Dilma quer ter com o Legislativo

Publicado em: 05/03/2015 11:09 Atualizado em: 05/03/2015 11:24

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O deputado federal Bruno Araújo (PSDB) solicitou em seu discurso na tribuna da Câmara nesta quarta-feira (4) que a presidente Dilma Rousseff (PT) demita o ministro da Educação, Cid Gomes (PROS), por ele ter afirmado que a Casa "tem uns 400 ou 300 deputados achacadores".

Cid já foi convocado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para que explique suas declarações no plenário, entretanto, para Araújo, isso não é o suficiente.

Bruno utilizou a declaração de Cid para pressionar Dilma com a possibilidade da Casa ficar cada vez menos acessível para o Executivo. De acordo com o tucano, a decisão de Dilma de manter ou não Cid no cargo "medirá o tipo de relação que a petista pretende ter com o legislativo".

"Se a presidente Dilma tiver noção da liturgia da relação entre os poderes, ela não estará aguardando o resultado dessa convocação unânime. Se ela tiver noção do momento de fragilidade política do seu governo, se tiver noção da gravidade econômica pela qual passa o País, se tiver respeito pela instituição parlamentar, ela demite hoje o ministro da Educação. Se não o fizer, estará fazendo uma clara opção de dizer aos seus auxiliares que relação imagina ter com o Congresso, que tem dado demonstrações claras de divergências da Casa", apontou o tucano.

Ainda em seu discurso, Bruno fez questão de usar o dicionário para mostrar a gravidade do termo utilizado pelo ministro. Ele apontou que achacador é “o indivíduo que achaca alguém, extorquindo-lhe dinheiro, ladrão, vigarista, autoridade que recebe dinheiro de gatunos, gatuno especialista em conto do vigário".

Com informações de assessoria



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