Jorge Viana "A condução desse processo até agora foi um vexame", diz vice do Senado

Publicado em: 06/03/2015 14:16 Atualizado em:

O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), cobrou nesta sexta-feira a quebra de sigilo da lista encaminhada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) com os nomes dos parlamentares que deverão ser investigados por supostos desvios ocorridos na Petrobras, conforme apurado pela Operação Lava-Jato. A divulgação dos nomes pode ocorrer ainda hoje, após determinação do ministro Teori Zavascki, relator dos processos referentes à Lava-Jato no STF.

"A condução desse processo até agora foi um vexame. É uma lista fantasma. O Supremo não tem de quebrar o sigilo, porque o sigilo já foi quebrado há meses. Há um joguete de nomes que é inaceitável. É uma hipocrisia o que o Brasil está vivendo em um dos casos mais graves (de corrupção). O Estado de Direito do Brasil está ameaçado hoje. O Supremo e o procurador-geral têm que dar transparência, têm que assumir o controle para dar transparência aos fatos", disse Jorge Viana.

A senadora Ana Amélia (PP-RS) defendeu que não haja um pré-julgamento aos parlamentares citados na lista, uma vez que a tendência é que ocorre apenas um pedido de abertura de investigação para se coletar mais informações sobre o envolvimento de cada um dos parlamentares. "A mesma régua que aplicamos aos nossos adversários é a mesma régua que deve ser aplicada aos nossos correligionários. Mas não podemos fazer um linchamento moral. É preciso rapidez nas investigações. A prudência é necessária", ressaltou, Ana Amélia.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu na última terça-feira (3) a investigação de 54 pessoas com ou sem foro especial perante o STF. Conforme revelou ontem o Broadcast, aproximadamente 45 desses nomes são de deputados e senadores com mandato. Já se sabe que estão na lista de futuros investigados os presidentes da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além dos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Romero Jucá (PMDB-RR), Edison Lobão (PMDB-MA) e Fernando Collor (PTB-AL).

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