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Pesquisa Cachorros também têm QI alto , dizem cientistas do Reino Unido O estudo, divulgado na segunda-feira na revista Intelligence, envolveu 68 cães, submetidos a testes de orientação, velocidade e perícia

Por: Correio Braziliense

Publicado em: 10/02/2016 07:58 Atualizado em:

Cães border collies foram usados nos testes de habilidade e orientação. Foto: Lukas Schulze/AFP
Cães border collies foram usados nos testes de habilidade e orientação. Foto: Lukas Schulze/AFP

Cientistas do Reino Unido tentam mostrar que um quociente de inteligência (QI) alto não é privilégio dos humanos. Em experimentos com cachorros da raça border collie, eles mostraram que aquela história do tutor de que seu animal é mais esperto do que os outros pode ser verdadeira. O estudo, divulgado na segunda-feira na revista Intelligence, envolveu 68 cães, submetidos a testes de orientação, velocidade e perícia.

“Dentro de uma mesma raça de cães, há diferenças nos resultados. O cachorro mais rápido e exato em uma tarefa tem a propensão de também ser em outra”, afirmou Rosalind Arden, da London School of Economics. Cientistas da Universidade de Edimburgo também participaram dos experimentos. Em uma das provas, os cachorros tinham que chegar até um prato de comida que conseguiam ver, mas estava atrás de uma barreira. Em outra, os cientistas mediram a velocidade com que os animais iam ao prato com mais alimento quando lhes eram oferecidos dois. Também foi avaliado se os border collies conseguiam ir até um objeto apontado por uma pessoa.

Segundo Rosalind Arden, é possível fazer a análise eliminando fatores exclusivos dos humanos, como grau de instrução e origem social. Dessa forma, fica, inclusive, mais fácil medir o QI. “É o primeiro passo no desenvolvimento de um teste de quociente de inteligência para cachorros rápido e confiável”, diz. O exame com os animais durou cerca de uma hora, o mesmo período gasto nos testes de QI com humanos. Todos os cães eram provenientes do mesmo canil.

Aplicação
Arden reforça que os resultados também podem ajudar no entendimento de doenças que comprometem principalmente a longevidade dos humanos. “Há uma pequena, mas mensurável, tendência para que as pessoas mais brilhantes sejam mais saudáveis e vivam mais tempo. Assim, se, como a pesquisa sugere, a inteligência canina está estruturada de forma similar à nossa, estudar uma espécie que não fuma, não bebe, não usa drogas recreativas nem tem grandes diferenças de escolaridade e renda pode nos ajudar a compreender essa ligação entre inteligência e boa saúde”, explica.


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