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Brigas
Conheça as razões dos conflitos entre cães e gatos
"O gato é arisco e o cão é mais dócil. Mesmo assim, não existe uma regra dizendo que eles não se dão bem", afirma a veterinária Raquel Quirino
Publicado: 17/03/2015 às 21:44

Mesmo com a imagem de inimigos consolidadas em filmes e desenhos animados, na vida real, os gatos e os cães podem ser verdadeiros amigos. Foto: jeffreyw/Flickr/Reprodução()

Mesmo com a imagem de inimigos consolidadas em filmes e desenhos, na vida real, os gatos e os cães podem ser verdadeiros amigos. De acordo com a veterinária especialista em bem-estar e comportamento animal Raquel Quirino, as brigas entre essas especies acontecem por diferença de personalidade. “O gato é arisco e o cão é mais dócil. Mesmo assim, não existe uma regra dizendo que eles não se dão bem. Eles precisam ser familiarizados um com o outro aos poucos.”
Já entre os cães, as brigas costumam acontecer por motivos como dominação, reprodução, ciúme de objetos e do tutor. Não existe raças de cães mais violentas que outras, o que se sabe é que qualquer raça pode se tornar agressiva quando se sente ameaçada.
Os cães têm um sentimento de hierarquia muito forte que é necessário para manter a sua organização em grupo. Na casa, o tutor é o líder maior, que oferece abrigo, água e comida, e o cão mais próximo dele tende a ser respeitado como o chefe dos outros cães. Para ser o animal dominante não precisa ser o mais forte, e sim, o mais esperto e com iniciativa.
Quando o cachorro dominante fica mais velho, alguns cães jovens tentam pegar seu posto e, aí, começam as brigas. Além disso, quando o dono está acariciando um cão, por exemplo, e para de fazer isso assim que outro animal chega, o primeiro cachorro vai ficar enciumado e pode criar antipatia por outros do grupo.
Para a dentista Ana Claúdia Castanhede, de 49 anos, tutora de três cães, criar um cão dá o mesmo trabalho que criar um filho. “Parecem três crianças. São da mesma espécie, mas possuem comportamentos diferentes”, conta. “Ted, o poodle de 12 anos, é o mais velho e conseguiu uma posição de liderança. Já Kika, também um poodle de 7 anos, e Bob, de 2 anos, que não tem raça definida, seguem os comandos deles. Os três só brigam por atenção, mas não chegam a ser violentos”, explica a dentista.
Caso os cães briguem feio, é importante que o tutor não tente separar, já que o cão agressivo pode se voltar contra ele. “Tudo é questão de educação. O tutor deve adestrar os cães e se possível castrar para evitar disputas e brigas mais sérias, como por reprodução”, explica a veterinária Raquel Quirino.
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