Entre os sobreviventes do massacre ao jornal francês Charlie Hebdo foi encontrada Lila, uma pequena cocker spaniel que tinha o costume de passear pelas salas da redação. A cachorra era querida pelos funcionários do jornal e pelos visitantes. Lila gostava de ficar entres os cartunistas que, de vez em quando, ofereciam uns petiscos a ela.
No dia do ataque terrorista, Lila estava ao lado do cartunista Cabu, uma das 12 vítimas dos irmão Kouachi e tido como seu favorito. A cachorra estaria entre os pés dos cartunistas durante a reunião de pauta, quando o massacre começou.
Em entrevista ao Le Monde, a colunista policial do semanário, Sigolène Vinson, que presenciou o massacre, afirmou que a “cachorra corria de mesa em mesa durante a chacina”. Quando os barulhos cessaram, "ouvi Lila, os passinhos de Lila, passando ao lado de Mustapha (outro funcionário)”, contou Sigolène, que acrescentou: "Lila foi poupada, talvez porque ela é uma mulher.", em referência ao fato de os terroristas terem dito que não atiravam em mulheres.
A cachorra sobrevivente foi "promovida" a mascote oficial pela direção do jornal Charlie Hebdo.