Com apenas 69 anos, Robert Francis Prevost, agora Papa Leão 14, se torna um dos papas mais jovens da história recente da Igreja Católica. Nascido em Chicago, nos Estados Unidos, e com dupla nacionalidade (norte-americana e peruana), o novo pontífice assume o comando de mais de 1,3 bilhão de fiéis ao redor do mundo com um perfil pastoral marcado por simplicidade, escuta e compromisso com os mais pobres. Eleito no mais recente conclave, Prevost traz consigo um histórico missionário enraizado na América Latina e também fala português.
Leão 14 é membro da Ordem de Santo Agostinho, uma congregação religiosa conhecida por sua dedicação à vida comunitária, ao serviço e à busca pela verdade. Sua trajetória missionária o levou ao Peru, onde viveu por quase 20 anos atuando junto a comunidades populares, experiência que moldou sua visão pastoral e sua sensibilidade às desigualdades sociais.
No discurso de apresentação à multidão reunida na Praça de São Pedro, em Roma, o novo papa surpreendeu ao se dirigir ao povo em espanhol, idioma que domina com fluência. A escolha reforça sua identidade latino-americana, fruto da convivência direta com o povo peruano. Além do inglês e do espanhol, Leão 14 também fala italiano, francês e português, idioma com o qual já dialogou em encontros com bispos e religiosos brasileiros.
Antes de ser eleito papa, Prevost era prefeito do Dicastério para os Bispos, um dos cargos mais relevantes do Vaticano, responsável pelas nomeações episcopais em todo o mundo. Sua atuação à frente do dicastério foi marcada pela busca por líderes pastorais com sensibilidade social e compromisso com o diálogo.
A escolha do nome Leão 14 homenageia Leão 13, papa que promoveu avanços nas questões sociais da Igreja no século 19. Com isso, Prevost sinaliza que seu pontificado será voltado à promoção da justiça social, ao diálogo com o mundo contemporâneo e à escuta das periferias sociais e existenciais.
O pontificado de Leão 14 começa com grandes desafios: fortalecer a unidade da Igreja, enfrentar questões éticas complexas e revitalizar a presença católica em regiões onde a fé tem diminuído. Mas sua experiência internacional, seu carisma e sua habilidade de diálogo indicam que ele está pronto para conduzir a Igreja por caminhos de escuta, serviço e renovação, seguindo os caminhos de Francisco.