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Medidas de fim à guerra

Enviado dos EUA a Rússia diz que reunião com Putin foi convincente

Ao mesmo tempo, o Kremlin garantiu hoje (15) que não há perspectiva de um acordo entre Washington e Moscou sobre a Ucrânia

Publicado: 15/04/2025 às 11:49

/Foto: Gavriil Grigorov / POOL / AFP / Distributed by Sputnik

(Foto: Gavriil Grigorov / POOL / AFP / Distributed by Sputnik)

 

O enviado especial dos Estados Unidos à Rússia, Steve Witkoff, afirmou que a conversa com o presidente russo, Vladimir Putin, na reunião realizada na semana passada em São Petersburgo, foi convincente, que incluiu medidas para pôr fim à guerra na Ucrânia.

 

Witkoff declarou que o encontro durou quase cinco horas com Putin, a quem pediu para garantir uma paz permanente, um tópico demorado e que envolveu a discussão sobre cinco territórios ucranianos ‘conquistados’. Mas, o enviado norte-americano não revelou mais detalhes. “Este acordo de paz é sobre os chamados cinco territórios, mas há muito mais do que isso”, disse Witkoff, acrescentando estar convencido de que “podemos estar à beira de algo que seria muito, muito importante para o mundo em geral”.

 

A Rússia insiste que a tomada de controle de partes da Ucrânia desde 2014, incluindo a península da Crimeia e as regiões de Luhansk e Donetsk, deve ser reconhecida em qualquer futuro acordo de cessar-fogo completo.

 

Witkoff pontuou ainda que foram abordadas questões relacionadas com o princípio central da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), de que um ataque a um membro da aliança militar constitui um ataque contra todos os membros.

 

O enviado especial dos EUA também indicou ver uma possibilidade das relações entre a Rússia e os Estados Unidos serem remodeladas através de algumas oportunidades comerciais muito atraentes que proporcionariam uma verdadeira estabilidade à região.

 

Enquanto isso, o Kremlin garantiu hoje que não há sequer um esboço de um acordo entre Washington e Moscou sobre a Ucrânia. Mas, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, apontou que os contatos com os EUA foram positivos e úteis e que existe vontade política para avançar na direção de um acordo.

 

Já o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que não é fácil chegar a acordo com os EUA sobre os principais aspectos de um entendimento para acabar com a guerra na Ucrânia. “Os componentes chave de um acordo estão sendo discutidos. Estamos bem cientes do que é um acordo mutuamente benéfico, que nunca rejeitamos, e do que é um acordo que nos pode levar a outra armadilha”, avançou Lavrov numa entrevista ao jornal russo Kommersant, publicada esta terça-feira (15).

 

Na segunda-feira, o presidente norte-americano Donald Trump culpou o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, Joe Biden e Putin pela guerra. Entretanto, na última sexta-feira Trump mencionou que a Rússia tem de se mexer para ajudar a conseguir um cessar-fogo.

 

Os EUA também comunicaram hoje que não irão apoiar uma declaração de condenação contra o ataque russo a cidade de Sumy, na Ucrânia, o mais violento deste ano até o momento. Após discussões entre os países do G7 sobre emitir uma declaração que condenasse a violenta ofensiva no Domingo de Ramos, os EUA afirmaram que não vão apoiaram tal medida devido às negociações em curso com Moscou.

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