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GUERRA

Chanceler russo anuncia exigência para negociar com Kiev

Segundo Sergei Lavrov, o reconhecimento internacional dos territórios ocupados pela Rússia é imperativo para negociar com Kiev o fim da guerra

Publicado em: 28/04/2025 13:01

Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov (Foto: MAXIM SHIPENKOV/POOL/AFP)
Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov (Foto: MAXIM SHIPENKOV/POOL/AFP)
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, declarou hoje em entrevista ao jornal carioca O Globo, que o reconhecimento internacional dos territórios ocupados pela Rússia é imperativo para negociar com Kiev o fim da guerra.

Segundo Lavrov, que participa da cúpula internacional do grupo dos BRICS, no Rio de Janeiro, essa é uma pré-condição essencial para que a Rússia se sente à mesa das negociações, apesar do Kremlin ter dito que estava pronto para conversações sem pré-requisitos.

“O reconhecimento internacional do fato de a Crimeia, Sebastopol, a República Popular de Donetsk, a República Popular de Lugansk, a região de Kherson e a região de Zaporizhia pertencerem à Rússia é imperativo”, afirmou Lavrov.

Com a exigência de Moscou do reconhecimento internacional de anexação das regiões ucranianas que estão sob ocupação russa, o chefe da diplomacia russa acrescentou que a bola já não está do lado deles, enquanto tenta pressionar Kiev a fazer concessões para avançar com as negociações.

No entanto, também nesta segunda-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, reiterou a disponibilidade de Moscou para manter conversações com Kiev, assegurando que o seu país tem vontade de negociar um acordo de paz. “A vontade do lado russo já foi afirmada muitas vezes, afirmada pelo presidente Putin, de iniciar um processo de negociações com a Ucrânia sem condições prévias para chegar a um resultado pacífico”, disse Peskov, citado pela agência de noticias estatal russa TASS.

Desde que ordenou ao seu exército que atacasse e invadisse a Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, tem mantido condições para que o conflito termine a seu favor. Entre elas, a rendição da Ucrânia, a desmilitarização do país e a renuncia à sua adesão à OTAN, assim como garantias de que manterá a península da Crimeia, anexada em 2014, e as quatro regiões ucranianas que Moscou anexou em setembro de 2022.

Com mais de três anos de guerra, a Rússia ocupa atualmente cerca de 20% do território ucraniano, incluindo a Crimeia.
Tags: guerra | rússia | ucrânia |

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