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GUERRA

Seul alerta que mais tropas norte-coreanas serão enviadas a Rússia

Militares sul-coreanos consideram que o governo de Pyongyang busca modernizar as suas capacidades de guerra convencional com a ajuda de Moscou

Publicado em: 23/12/2024 15:29

 (Foto: KIRILL KUDRYAVTSEV / AFP
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Foto: KIRILL KUDRYAVTSEV / AFP
Nesta segunda-feira (23), o Estado-Maior da Coreia do Sul avisou que cerca de 1100 soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos e que Pyongyang prepara o envio de mais tropas e armas para a Rússia.
 
"Estimamos que as tropas norte-coreanas, que entraram recentemente em combate contra as forças ucranianas, tenham sofrido aproximadamente 1.100 baixas", um número que incluem mortos e feridos, diz o comunicado do órgão sul-coreano.
 
Os militares sul-coreanos consideram que o governo de Pyongyang busca modernizar as suas capacidades de guerra convencional com a ajuda de Moscou, com base na sua experiência de combate contra as forças ucranianas. "Isto pode levar a um aumento da ameaça militar do Norte contra nós", adiantou o Estado-Maior da Coreia do Sul.
 
Seul também confirma que a Coreia do Norte irá designar um novo contingente de soldados para o território russo, como reforços ou para socorrer os que já combatem, além de estar produzindo a entregar drones suicidas.
 
Os drones suicidas transportam explosivos e são feitos para colidir com alvos inimigos. O líder norte-coreano Kim Jong-un também já disse em novembro a necessidade da sua produção em massa rápida e em grande escala.
 
A Coreia do Norte já enviou recentemente cerca de 11 mil soldados para regiões como Kursk em apoio ao exército russo, segundo estimativas da OTAN, Estados Unidos e  Coreia do Sul.
 
Na quarta-feira passada, o comandante-chefe do exército da Ucrânia, Oleksandre Syrsky, declarou que durante três dias, o inimigo conduziu intensas operações ofensivas na região de Kursk, usando ativamente forças norte-coreanas, que já sofreram pesadas perdas.
 
As tropas ucranianas lançaram uma ofensiva surpresa na região russa de Kursk no início de agosto, a maior no território da Rússia desde a Segunda Guerra Mundial, e ainda controla uma pequena parcela dela.
 
Já Moscou e Pyongyang assinaram um acordo de defesa mútua, que entrou em vigor no início de dezembro. O acordo prevê assistência militar imediata em caso de agressão armada por parte de países terceiros. 

Enquanto isso, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou no domingo (22) que o líder russo, Vladimir Putin, pediu para se reunir com ele o mais rápido possível, apesar de não ter confirmado se o encontro vai mesmo se realizar.
 
"O presidente Putin disse que quer se reunir comigo o mais breve possível, por isso temos que esperar, mas temos que acabar com esta guerra", disse Trump, reiterando que a guerra na Ucrânia é horrível e que acabar com o conflito é uma das coisas que quer fazer rapidamente.
 
"Milhões de soldados já morreram, estamos vendo números que são insanos. Tenho de acabar com isto, é ridículo", acrescentou, voltando a garantir que se fosse ele o presidente norte-americano na ocasião em que se desencadeou a guerra nunca teria ido adiante.
 
Putin já indicou estar disposto a se encontrar com Trump, embora não saiba quando isso acontecer.

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