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Líderes mundiais se manifestam após desistência de Biden

O ex-presidente Barack Obama, com quem Biden cumpriu dois mandatos como vice-presidente, assinalou o seu histórico no cargo

Publicado em: 22/07/2024 12:16

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden
 (Foto: SAUL LOEB/AFP
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Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (Foto: SAUL LOEB/AFP )
Nesta segunda-feira, o chefe da diplomacia européia, Josep Borrell, foi até o momento o único representante da União Europeia a se pronunciar sobre a desistência do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, da corrida à Casa Branca. Borrell desejou todo o sucesso para o seu substituto nas eleições presidenciais norte-americanas e admitiu alterações nas relações transatlânticas mediante a vitória de um ou outro candidato. "Desejo todo o sucesso para a pessoa que vai substituí-lo. Os norte-americanos são os que têm de decidir quem é que querem na Casa Branca. Claro que haverá uma diferença importante para as relações transatlânticas dependendo de quem lá estiver, mas isso não é uma decisão da UE", completou o Alto-Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros.
 
O premiê polonês, Donald Tusk, declarou que Biden tomou muitas decisões difíceis graças às quais a Polônia, a América e o mundo estão mais seguros e a democracia mais forte. “Sei que foi movido pelas mesmas motivações ao anunciar a sua decisão final. Provavelmente a mais difícil da sua vida”, acrescentou Tusk.
 
O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, disse respeitar a decisão de Biden. “Estou ansioso por trabalharmos juntos durante o resto da sua presidência. Sei que, tal como fez ao longo da sua notável carreira, terá tomado a sua decisão com base no que considera ser o melhor para o povo americano”, escreveu na rede social X.
 
O chanceler alemão, Olaf Scholz, prestigiou o legado do lide dos EUA. “O meu amigo Joe Biden alcançou muito: para o seu país, para a Europa, para o mundo. A sua decisão de não se recandidatar merece respeito", pontuou.
 
Já o primeiro-ministro da Espanha também não poupou elogios: "Um grande gesto de um grande presidente que sempre lutou pela democracia e pela liberdade", disse Pedro Sánchez.
 
O presidente de Israel, Isaac Herzog, agradeceu a Biden o seu apoio constante ao povo israelense ao longo das suas décadas de carreira.
 
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, também agradeceu a Biden pelos seus anos de serviço. “Conheço o presidente Biden há muitos anos. Ele é um grande homem e tudo o que faz é guiado pelo seu amor pelo seu país. Como presidente, ele é um parceiro dos canadenses e um verdadeiro amigo. Ao presidente Biden e à primeira-dama: obrigado”, afirmou.
 
O primeiro-ministro australiano Anthony Albanese, destacou a liderança e o serviço contínuo de Biden.”A aliança entre a Austrália e os EUA nunca foi tão forte, com o nosso compromisso partilhado com os valores democráticos, a segurança internacional, a prosperidade econômica e a ação climática para esta e para as gerações futuras”

O ex-presidente Barack Obama, com quem Biden cumpriu dois mandatos como vice-presidente, assinalou o seu histórico no cargo. “Internacionalmente, ele restaurou a posição da América no mundo, revitalizou a OTAN e mobilizou o mundo para contra a agressão russa na Ucrânia. Embora tivesse todo o direito de se candidatar à reeleição, a decisão de Biden de desistir da corrida foi uma prova do seu amor pelo país”, avaliou.
 
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu Biden pelo apoio inabalável à Ucrânia na luta pela liberdade, e considerou a desistência da corrida presidencial como uma dura decisão. “Ele nos apoiou no momento mais dramático da História, no apoiou para evitar que Putin ocupasse o nosso país. espero que a América continue a ter uma liderança forte que impeça o mal russo de triunfar e de dar frutos", disse.
 
A Rússia reagiu ao anúncio de Biden referindo faltarem quatro meses para as eleições, o que é um longo período durante o qual muita coisa pode mudar. "Precisamos estar atentos e seguir o que vai acontecer", indicou Dmitri Peskov, porta-voz presidencial do Kremlin.
Tags: eleição | eua | biden |

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