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CONFLITO

Irã lança ataque com drones contra Israel

O Exército israelense garantiu que o Irã lançou mais de 200 drones e mísseis contra Israel, mas que a maioria foi interceptada sem consequências graves
Por: AFP

Publicado em: 13/04/2024 18:19 | Atualizado em: 14/04/2024 00:12

O gabinete de guerra do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reunido em Tel Aviv (ISRAELI PRIME MINISTER OFFICE / AFP
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O gabinete de guerra do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reunido em Tel Aviv (ISRAELI PRIME MINISTER OFFICE / AFP )

O Irã lançou, neste sábado (13), um ataque com mais de 200 drones e mísseis contra Israel em resposta ao bombardeio que atingiu seu consulado em Damasco, no primeiro ataque direto da República Islâmica contra o território israelense.

 

O Exército israelense garantiu que o Irã lançou mais de 200 drones e mísseis contra Israel, mas que a maioria foi interceptada sem consequências graves. Uma base militar foi atingida no sul de Israel, mas sofreu apenas "danos menores", segundo um porta-voz militar.

 

Paralelamente, o Hezbollah libanês e os rebeldes huthis do Iêmen, ambos aliados do Irã, realizaram seus próprios ataques contra Israel. O primeiro disparou foguetes contra as Colinas de Golã, ocupadas por Israel, e os últimos lançaram drones em direção ao território israelense.

 

A Guarda Revolucionária, exército ideológico da República Islâmica, anunciou também ter lançado mísseis contra Israel como parte desta operação em retaliação ao bombardeio a seu consulado em Damasco em 1º de abril, no qual morreram dois de seus generais e que foi atribuído a Israel.

 

O ataque iraniano foi lançado "em resposta aos numerosos crimes cometidos pelo regime sionista, incluindo o ataque à seção consular da embaixada da República Islâmica do Irã em Damasco e o martírio de um grupo de comandantes e assessores militares de nosso país na Síria", indicou a televisão estatal iraniana, citando o departamento de relações públicas da Guarda.

 

O ataque semeou o pânico nas ruas de Israel, que está há mais de seis meses em guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza.

 

"Como vocês podem ver, está tudo vazio, todos estão correndo para casa", declarou Eliyahu Barakat, um comerciante e 49 anos do bairro de Mamilla, em Jerusalém.

 

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, conversou por telefone com o presidente americano, Joe Biden, para falar sobre o ataque.

 

Washington, principal aliado de Israel, reafirmou que "apoiará o povo de Israel".

 

"Nosso compromisso com a segurança de Israel diante das ameaças do Irã e seus representantes [na região] é inabalável", declarou Biden na rede social X.

 

A missão iraniana na ONU indicou no X que este "é um conflito entre o Irã e o regime israelense desonesto, do qual os Estados Unidos DEVEM FICAR DE FORA!".

O porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, expressou, em um pronunciamento televisionado, que esta "se trata de uma escalada grave e perigosa", assegurando que Israel trabalha "estreitamente" com os Estados Unidos e seus aliados na região para "interceptar os drones".

 

Segundo fontes de Defesa, os Estados Unidos derrubaram vários drones disparados pelo Irã.

 

Jornalistas da AFP afirmaram ter ouvido várias explosões em Jerusalém na madrugada deste domingo (noite de sábado em Brasília) pouco antes de começarem a soar os alarmes de alerta, e também em Jericó, na Cisjordânia ocupada.

O Exército israelense afirmou que os alarmes também soaram na região do Neguev, no sul.

 

O Irã afirmou que uma base aérea israelense no Neguev foi "fortemente atingida", embora Israel tenha dito que sofreu "danos menores".

 

Israel, que à tarde anunciou o fechamento das escolas em todo o país "considerando a situação de segurança", informou sobre o fechamento de seu espaço aéreo a partir das 21h30 GMT (18h30 de Brasília).

 

Jordânia e Líbano, vizinhos de Israel, e Iraque, que compartilha fronteira com o Irã, também informaram sobre o fechamento de seu espaço aéreo, enquanto o Egito disse que sua defesa aérea estava em estado de alerta máximo.

 

Poucos minutos após o início da operação iraniana, a conta no X do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, voltou a publicar uma mensagem que afirmava que "o regime diabólico será punido".

 

A União Europeia condenou o ataque e o classificou como uma "escalada sem precedentes".

Brasil, Argentina, Chile e Uruguai expressaram sua preocupação com a escalada de tensões e condenaram o ataque contra Israel, enquanto o México instou as partes "à autocontenção".

 

O Itamaraty informou, em nota, que "o Governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel".

 

"O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada", acrescentou o ministério das Relações Exteriores.

 

O Conselho de Segurança da ONU anunciou que se reunirá emergencialmente neste domingo, devido ao ataque iraniano 

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