GUERRA

Biden diz que Netanyahu comete um erro em Gaza

Presidente dos Estados Unidos disse, ainda, que Israel deve aceitar um cessar-fogo que permita a entrada de ajuda humanitária no enclave palestino

Publicado em: 10/04/2024 15:48

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos (Foto: CHIP SOMODEVILLA / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)
Joe Biden, presidente dos Estados Unidos (Foto: CHIP SOMODEVILLA / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou o primeiro-ministro israelita e a sua estratégia na Faixa de Gaza, considerando que Benjamin Netanyahu está cometendo um erro. "Penso que ele Netanyahu está cometendo um erro. Não estou de acordo com a sua abordagem", revelou o líder norte-americano.
 
As declarações de Biden aconteceram em uma entrevista ao canal de televisão Univision, no qual ainda disse na entrevista que Israel deve aceitar um cessar-fogo que permita a entrada de ajuda humanitária no enclave palestino. "O que quero é que os israelitas viabilizem um cessar-fogo e autorizem, para as próximas seis ou oito semanas, um acesso total à alimentação e aos medicamentos, na Faixa de Gaza”, enfatizou.
 
Este foi um dos comentários mais duros do presidente dos EUA dirigido a Netanyahu, quando a Casa Branca já demonstra uma impaciência diante do desastre humanitário em curso em Gaza.
 
Recentemente Biden também avisou que os EUA seriam forçados a mudar a política em relação a Israel, ao dizer pela primeira vez, a possibilidade de condicionar a ajuda ao país se adotasse medidas ‘tangíveis’ sobre a questão humanitária.
 
Mais armas para Israel 
 
Apesar das duras críticas de Biden e da tensão entre os dois governantes, os EUA continuam a ser o maior fornecedor de armas a Israel e autorizou recentemente o envio de mais armamento para Tel Aviv, numa comercialização equivalente a marca de 18 bilhões de dólares. A maior transação de venda militar dos EUA desde o inicio do conflito e aumentando o arsenal bélico das forças israelitas.
 
Washington ainda tem recusado usar a palavra “genocídio” para descrever as ações de Israel em Gaza. Na terça-feira, ao ser questionado pela Comissão do Serviço Militar do Senado dos EUA, o secretário norte-americano da Defesa, Lloyd Austin, defendeu Israel das acusações de que estaria conduzindo um extermínio em massa na Faixa de Gaza, reiterando que os EUA não têm provas de que esteja sendo cometido um genocídio.
 
"Não temos provas disso, mas se Israel fracassar na distinção entre povo palestino e o Hamas, isso irá apenas criar mais terrorismo. Mas devemos continuar a fazer tudo o que podemos, e vamos fazê-lo, para encorajar os israelitas a providenciar assistência humanitária", garantiu.
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