CESSAR-FOGO

Contraproposta do Hamas no plano de cessar-fogo é avaliada por Israel

Contraproposta do Hamas indica 45 dias de cessar-fogo

Publicado em: 07/02/2024 13:40 | Atualizado em: 07/02/2024 13:44

Hamas pretende trocar reféns durante o cessar-fogo (Crédito: HAZEM BADER / AFP)
Hamas pretende trocar reféns durante o cessar-fogo (Crédito: HAZEM BADER / AFP)

O Hamas respondeu à proposta de cessar-fogo apresentada pelo Catar, um dos países medidores do conflito, com um novo plano para um cessar-fogo. O porta-voz do governo israelita, Avi Hyman, declarou que o seu país analisa minuciosamente a nova proposta de tréguas em Gaza apresentada pelos negociadores do Catar. “A Mossad está a analisar atentamente o que nos foi apresentado”, disse Hyman.

 

Mas, de acordo com o canal israelita Channel 13, Israel não aceitará as novas reivindicações do Hamas para que o acordo de cessar-fogo seja efetivado. 

 

O grupo palestino exige que, numa primeira fase, seja viabilizada a reconstrução de

hospitais e campos de refugiados na Faixa de Gaza, assim como que as forças israelitas saiam das zonas mais populosas do enclave. 

 

A contraproposta do Hamas indica também que esta primeira etapa teria uma duração de 45 dias, em que aconteceriam ainda trocas de prisioneiros, com a libertação de alguns israelitas não-militares, e ainda a entrega de ajuda humanitária. Além disso, propôs negociações para o fim das operações militares em Gaza e a restauração da paz na região.

 

Já na segunda fase, com mais 45 dias de cessar-fogo, todos os homens israelitas reféns serão libertados em troca de um determinado número de prisioneiros palestinos e a retirada total de tropas israelitas de Gaza. Na terceira e última fase, com duração também de 45 dias, haveria a troca de corpos entre os dois lados da guerra.

 

Segundo o canal Sky News Arabia, que cita uma fonte anônima, o Catar disse ao Hamas que Israel aceitaria libertar entre três a cinco mil prisioneiros palestinos, acrescentando que o grupo palestino iria poder escolher quem sairia em liberdade sob o acordo para a libertação de reféns. Além disso, o governo de Doha se disponibilizou em transportar os palestinos deslocados às suas habitações, construir novos e melhores campos de refugiados e renovar a rede hídrica e de saneamento do enclave.

 

No entanto, o jornal The Times of Israel lembra que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, até ao momento, sempre afirmou à população israelita que não aceitaria libertar “milhares de terroristas” no acordo de cessar-fogo.

 

Já o Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, admitiu hoje que “há muito trabalho a fazer” para alcançar um acordo que permita a libertação dos reféns em Gaza. “Mas, estamos muito concentrados em fazer esse trabalho e esperamos poder retomar a libertação de reféns que foi interrompida há tantos meses”, afirmou. 

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