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GUERRA
Países mediadores vão propor novo plano para trégua e libertação reféns em Gaza
Segundo o primeiro-ministro do Catar, Egito e Israel vão propor ao Hamas um novo plano para tréguas nos combates na Faixa de Gaza e a libertação dos reféns
Publicado: 29/01/2024 às 17:30

A guerra entre Israel e o Hamas entrou no 115º dia nesta segunda-feira (29)/Foto: AFP
Segundo as declarações do primeiro-ministro do Catar, Mohammed ben Abdulrahman al-Thani, ao canal norte-americano NBC, os Estados Unidos, Egito e Israel vão propor ao Hamas um novo plano para tréguas nos combates na Faixa de Gaza e a libertação dos reféns.
Abdulrahman al-Thani anunciou que, após reuniões com autoridades dos três países, nesta semana foram feitos progressos assinaláveis nas conversações. “As diversas partes esperam transmitir esta proposta ao Hamas e levá-lo a se comprometer de modo positivo e construtivo no processo”, revelou.
Os Estados Unidos também ressaltaram que as negociações para um novo acordo entre Israel e o Hamas tendo em vista a libertação de reféns "estão avançando numa boa direção". No entanto, o Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, fez ressalvas ao dizer que ainda há muito trabalho pela frente e que não existe até o momento um "acordo iminente".
Na sequência do plano que será proposto, o Hamas já adiantou que quer "um cessar-fogo total e compreensivo" em Gaza.
Entretanto, o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, avisou que a guerra contra o Hamas "vai demorar meses" e afirmou que um quarto dos combatentes do Hamas foi morto e pelo menos outro quarto ficou ferido. “Vai levar meses, não um único dia. Por outro lado, os terroristas não têm mantimentos, não têm munições, não têm reforços", garantiu.
A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 115.º dia e continua a ameaçar se alastrar pela região do Oriente Médio, causou até agora em Gaza 26.422 mortos, mais de 65 mil feridos e 8 mil desaparecidos, na maioria civis. Também provocou quase dois milhões de deslocados (mais de 85% dos habitantes), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestino superpovoado e pobre numa grave crise humanitária, com toda a população afetada por níveis graves de fome, desnutrição, epidemias de doenças e falta de água potável, medicamentos e moradia.
O ataque do Hamas em território israelita fez 1.139 mortos, na maioria civis, de acordo com o mais recente balanço das autoridades de Tel Aviv, e cerca de 250 reféns, sendo que mais de 100 ainda permanecem em cativeiro.