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CLIMA
Temperaturas recordes marcaram o verão do hemisfério norte
Em diversas regiões, particularmente no sul da Europa, ocorreram ondas de calor de elevada intensidade e extensão
Publicado: 01/09/2023 às 15:44

No hemisfério sul, o inverno na Austrália foi o mais quente que se tem registro desde 1910/Foto: Freepik
As autoridades meteorológicas da Índia anunciaram nesta sexta-feira (1), que foram registradas as temperaturas médias mais elevadas para o mês de agosto, com 28,4 graus Celsius, 0,84ºC acima da média normal. É a escala média mais alta desde 1901, quando começaram a ser feitos os registros, apontou o Departamento Meteorológico Indiano (IMD).
O IMD também atribuiu o recorde principalmente à escassez de chuvas e uma monção fraca, que são um fenômeno atmosférico caracterizado pela mudança sazonal na direção dos ventos. Junho a agosto é marcado pela estação das monções, que contribuem normalmente com 80% das chuvas anuais do país mais populoso do mundo. As chuvas de verão são vitais para a segurança alimentar na Índia, que tem mais de 1,4 milhões de habitantes e onde milhares de agricultores dependem da monção para garantir suas colheitas.
Também no hemisfério norte, o Japão declarou hoje que as temperaturas médias no verão foram as mais elevadas desde que as estatísticas foram estabelecidas em 1898, com %2b1,76 ºC acima da média.
Já no verão deste ano foram observadas ainda temperaturas recorde em diversos países da Europa e julho foi o mês mais quente já notificado no planeta, de acordo com o serviço europeu Copernicus. Em diversas regiões, particularmente no sul da Europa, ocorreram ondas de calor de elevada intensidade e extensão, com temperatura média de aproximadamente 4 ºC na Itália, Grécia, Portugal e Espanha. Além de extensos incêndios florestais nestes países, sobretudo na Grécia, que tem a maior queimada registrada da história da União Europeia.
Enquanto isso, no hemisfério sul, o inverno na Austrália foi o mais quente que se tem registro desde 1910, com uma temperatura média 16,75 ºC entre junho e agosto. Os meteorologistas australianos têm alertado repetidamente para as alterações climáticas estarem aumentando o risco de catástrofes naturais, como incêndios florestais, inundações e ciclones. No início deste ano, a Austrália também teve os ventos mais fortes jamais constatados no país, quando um violento ciclone tropical assolou o noroeste com rajadas de 289 quilômetros por hora. Após vários anos, os especialistas esperam que o próximo verão seja o mais intenso em termos de incêndios florestais no país desde 2019 e 2020.