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Justiça da Bielorrúsia pede 12 anos de prisão para Nobel da Paz

Publicado: 09/02/2023 às 15:28

/Crédito: Vitaly PIVOVARCHIK / BELTA / AFP

/Crédito: Vitaly PIVOVARCHIK / BELTA / AFP

A Procuradoria-Geral da Bielorrússia demandou o pedido de 12 anos de cadeia para o ativista bielorrusso pró-democracia e Prêmio Nobel da Paz, Ales Bialiatski, no processo contra a organização Centro Viasna (Primavera), do qual é o fundador.

Além disso, os procuradores também requereram que o seu adjunto, Valiantsin Stefanovich, e o coordenador da campanha a favor de eleições livres, Vladimir Labkovich, sejam condenados respectivamente a 11 e nove anos de prisão. No processo todos os réus são acusados de evasão fiscal. O Ministério Público de Belarus ainda alegou que os réus agiram como parte de um grupo organizado entre 4 de abril de 2016 e 14 de julho de 2021.

Bialiatski está preso desde julho de 2021, apesar do julgamento contra a ONG que lidera e que é o principal grupo de defesa dos Direitos humanos do país, ter iniciado suas atividades somente em 5 de janeiro. Bialiatski ficou três anos na cadeia, entre os anos de 2011 e 2014, no entanto foi detido novamente durante os protestos históricos em 2020 contra o governo de extrema-direita do presidente bielorruso Alexander Lukashenko. Ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 7 de outubro do ano passado, dois anos após as manifestações da oposição em Belarus, mas não pôde enviar seu discurso por se encontrar preso. Na ocasião da cerimônia da premiação sua esposa Natallia Pinchuk falou em seu nome e declarou que seu marido classificava Lukashenko como um instrumento do presidente da Rússia Vladimir Putin, afirmando que o líder russo tenta estabelecer seu domínio nos ex-territórios soviéticos.

Para a comunidade internacional o caso do ativista é considerado uma vingança de Lukashenko, que está no poder desde 1994 e que não permite qualquer forma de crítica por meio de prisões ou repressão, como se sucedeu no verão de 2020.

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