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/Crédito: OSCAR DEL POZO / AFP
Em videoconferência na Assembleia Parlamentar da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que acontece em Madrid, na Espanha, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou a todos os membros da Aliança que declarem a Rússia um "Estado terrorista" e que também enviem a Kiev mais sistemas de defesa aéreos e antimísseis em quantidade e qualidade suficientes. “A Rússia está levando a cabo uma política genocida na Ucrânia, que tem como alvos a população civil ou infraestruturas energéticas e de fornecimento de água, com efeitos similares aos das armas de destruição maciça”, acusou Zelensky.
O líder da Ucrânia ainda pediu a manutenção e reforço das sanções contra Moscou devido ao terror que causa aos ucranianos. Além disso, Zelensky reiterou aos deputados parlamentares da entidade o desejo de seu país em aderir à OTAN e à União Europeia (UE). “Estamos num momento em que defendemos no campo de batalha os valores da democracia, do estado de direito e da liberdade partilhados pelas duas organizações. A adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica e à UE seria uma garantia de paz e segurança para todos os estados-membros de ambas as organizações. Nenhuma das nossas nações está interessada em incidentes perigosos em centrais nucleares e todas querem ter a garantia de proteção das suas populações e das suas infraestruturas de ataques de mísseis”, destacou em seu discurso.
Zelensky sugeriu a criação de um tribunal internacional especial para investigar e julgar "a agressão russa" à Ucrânia. Em resposta, o presidente da Assembléia Parlamentar da OTAN, o congressista norte-americano Gerard E. Connolly, afirmou ao líder ucraniano que foi aprovado neste encontro de Madrid uma resolução para defender a formação deste tribunal especial com o objetivo de investigar e julgar a agressão russa à Ucrânia e todos os crimes de guerra relacionados.
Segundo o procurador-geral da Ucrânia, Andriy Kostin, já foram registrados 47 mil potenciais crimes de guerra no país cometidos pela Rússia, desde o início do ataque militar em fevereiro. “Os crimes de guerra englobam tortura, assassinatos, agressões sexuais ou deslocações e transporte forçados de populações em grande escala, com destino ao que poderão vir a ser considerados campos de concentração. Há ainda oito mil mortos não militares, incluindo 400 crianças, identificados até agora”, disse Kostin na Assembleia.
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