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/Foto: VALENTYN OGIRENKO / POOL / AFP
A primeira-ministra da Finlândia, Sanna Marin, lamentou a demora em ser sancionada a entrada da Finlândia e da Suécia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). "O processo está demorando mais do que gostaríamos. Já deveríamos ter sido aceitos e o processo de ratificação deveria estar concluído", declarou Marin.
Entretanto, a premiê finlandesa destacou que, apesar dos atrasos, a segurança do país e sua população não se encontram em perigo e, também sublinhou a importância da Finlândia e a Suécia poderem aderir a Aliança militar ao mesmo tempo.
Devido à invasão russa da Ucrânia, em fevereiro deste ano, a Finlândia e a Suécia apresentaram uma proposta conjunta para ingressar na Aliança Atlântica em maio, abandonando décadas de não-alinhamento militar. A adesão requer a aceitação, por unanimidade, dos 30 Estados-membros da OTAN, que foi ratificada por todos, com exceção da Turquia e da Hungria.
Por outro lado, Ancara acusa as duas nações, em especial a Suécia, de ter um histórico de concessão de asilo a militantes e representantes de organizações que considera terroristas, como do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK na sigla em curdo) e a Unidade de Proteção do Povo (YPG), que atua na Síria.
Mas, na semana passada, em visita a Turquia, o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, já prometeu responder às questões expressas pelo governo turco na luta contra o terrorismo, com o objetivo de solucionar todos os obstáculos que ainda se apresentam à adesão da Suécia a OTAN. Além disso, o Parlamento da Suécia também votou semana passada uma emenda à Constituição que permite ao país endurecer as leis contra o terrorismo, medida exigida pela Turquia. Os especialistas em segurança apontaram que a emenda parlamentar, que entrará em vigor em janeiro, vai facilitar o processo de buscas a membros do PKK, classificado na lista de organizações terroristas, entre outros, pela própria Suécia e pela União Europeia (UE).
Enquanto isso, a Hungria adiou, na última quinta-feira (24), a ratificação da adesão da Suécia e Finlândia para 2023. “O parlamento húngaro irá se pronunciar sobre essa pauta, votando-a em sua primeira sessão do próximo ano”, anunciou o primeiro-ministro nacionalista, Viktor Orbán. No entanto, Orbán assegurou aos dois países nórdicos o seu apoio para se unirem à Aliança.