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Catar firma parceria para fornecer gás à Alemanha

Publicado: 30/11/2022 às 11:54

/Foto: Ina FASSBENDER / AFP

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Desde o começo da invasão da Ucrânia, a maioria das nações da União Europeia (UE) busca reduzir a dependência dos combustíveis fósseis da Rússia e enfrentar a crise energética que se instalou no bloco. Em coletiva a imprensa, o ministro da Economia e do Clima da Alemanha, Robert Habeck, disse que seu país estabeleceu um contrato com o Catar, que fornecerá gás natural liquefeito (GNL) à Alemanha durante quinze anos. “Estamos satisfeitos. E o prazo de quinze anos é muito bom, parecem ser boas as condições. Porém, se trata de um acordo entre empresas e, por isso os contratos são da responsabilidade delas", sublinhou Habeck.

O contrato foi anunciado pelo consórcio QatarEnergy do Catar com a ConocoPhillips, sediada nos Estados Unidos, que prevê o fornecimento de gás natural liquefeito à Alemanha, mas não diretamente. O gás será vendido à ConocoPhillips, que o abastecerá ao fornecedor do terminal Brunsbüttel LNG, que fica próximo a região de Hamburgo.
Habeck acrescentou que também não tem nada contra contratos firmados de 20 anos ou mais, mas as empresas devem ter em conta que a quota que a Alemanha comprará diminuirá gradativamente à medida que atingir a meta estabelecida de neutralidade de carbono até 2045.
 
Além disso, o ministro da pasta comentou sobre sua viagem realizada ao Catar no início deste ano para conversações políticas, que foram centradas na construção de uma infraestrutura alternativa aos gasodutos Nord Stream 1 e 2, num momento em que os gasodutos ainda transportavam o gás russo à Alemanha em sua plena capacidade. "Cabe às empresas fechar os seus contratos. E o que caracteriza o mercado mundial é que tem diferentes fornecedores e é inteligente para as companhias comprar as ofertas mais favoráveis ao consumidor no mercado global. Isso inclui o Catar, que também não é o único fornecedor no mercado mundial”, disse Habeck.

Habeck sublinhou que o fornecimento dos próximos terminais flutuantes de GNL e outras infraestruturas inclui contratos com as empresas que os fornecem e que compram gás no mercado mundial. "Essa é a sua função. Eles têm de nos garantir que têm gás suficiente para os próximos 12, 16, 18, 24 meses. Estes são os contratos que fechamos. O que está por detrás dos contratos é o trabalho das corporações", completou.
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