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Cardeal veterano de Hong Kong é multado por fundo de ajuda a manifestantes pró-democracia

Publicado: 25/11/2022 às 07:48

/Foto: ISAAC LAWRENCE / AFP

/Foto: ISAAC LAWRENCE / AFP

Um cardeal de 90 anos e cinco outros ativistas pró-democracia de Hong Kong foram condenados a multas de até 500 dólares nesta sexta-feira (25) por terem criado irregularmente um fundo para ajudar manifestantes detidos. 

O cardeal Joseph Zen, um dos principais prelados católicos da Ásia, foi preso em maio por "conluio com forças estrangeiras", provocando indignação internacional. 

Ele ainda não foi julgado por essa acusação, que, se condenada, pode levar a uma sentença de prisão perpétua sob a lei de segurança nacional imposta por Pequim em 2020 após os massivos protestos pró-democracia no ano anterior.

Nesta ocasião, ele foi julgado junto com outros ativistas, como a cantora Denise Ho ou a advogada Margaret Ng, por não ter registrado o "612 Humanitarian Relief Fund" como empresa, crime punível com multa. 

Após dois meses de julgamento, no qual todos se declararam inocentes, cinco dos réus, incluindo o cardeal, foram multados em 4.000 dólares de Hong Kong (cerca de 510 dólares americanos) e o sexto em 2.500 dólares de Hong Kong. 

Este fundo foi criado para ajudar a financiar a defesa de manifestantes presos durante os protestos massivos e muitas vezes violentos de 2019. 

Durante o julgamento, a Promotoria apontou que esse fundo arrecadou 270 milhões de dólares de Hong Kong (35 milhões de dólares americanos) de cerca de 103.000 doadores e que uma parte foi usada "para atividades políticas e eventos não beneficentes".

Após os protestos de 2019, o movimento pró-democracia foi reprimido pelas autoridades locais e por Pequim. A maioria de suas figuras está agora na prisão ou no exterior.
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