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Estudantes olham as flores deixadas no portão da escola/Crédito: MEHDI FEDOUACH / AFP
O estupro e o assassinato de Vanesa, uma adolescente de 14 anos, abalou a França, especialmente os moradores de Tonneins (sudoeste).
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (21), o prefeito de Tonneins, Dante Rinaudo, informou que ela será enterrada na Espanha, onde viveu vários anos com seus pais, de origem colombiana.
"A família deseja enterrar a menor na região de Granada, de onde era originária", antes de chegar à França, afirmou Rinaudo.
A adolescente foi sequestrada perto de sua escola na sexta-feira, estuprada e assassinada pelo suspeito, Romain C., de 31 anos, que está em prisão preventiva.
Uma marcha em homenagem à vítima será realizada na sexta-feira (25), em Tonneins, depois de uma missa marcada para começar às 17h30 (13h30 em Brasília).
"A população está afetada (...) Poderia ter sido minha filha, minha irmã. Para nós, é uma menina da nossa cidade", acrescentou o prefeito.
Na frente da grade da escola de ensino médio Germillac, onde a menor estudava, foram depositadas dezenas de flores e de mensagens de apoio.
Após sua prisão, o suspeito, morador da cidade vizinha de Marmande e que se tornou pai recentemente, disse que passou a manhã dos fatos em seu carro, fumando maconha. Ao ver Vanessa, obrigou-a a "entrar à força" em seu veículo e deixou o local rapidamente. Depois, estuprou e estrangulou a adolescente, disse a Promotoria no domingo.
O corpo sem vida do adolescente foi encontrado em uma casa abandonada ao norte de Tonneins.
Os pais "tiveram de ser hospitalizados na noite de sexta-feira para sábado", relatou a presidente da associação de proteção da infância La Mouette, Annie Courgue, em entrevista coletiva.
A associação pediu à sua vice-presidente, a senadora de direita Christine Bonfanti-Dossat, que interpele o governo para que torne "as câmeras de videovigilância sejam obrigatórias na entrada das escolas".
La Mouette também pede "medidas para evitar a reincidência", evocando o passado do suspeito. Aos 15 anos, ele já tinha sido condenado a 15 dias de prisão por agressão sexual a menor.
A tragédia acontece um mês após o brutal assassinato, em Paris, de Lola, uma menina de 12 anos, pelas mãos de uma argelina de 24 anos, com problemas mentais e em situação irregular, também acusada de estupro.
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