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Crise energética faz o Japão comprar gás mais alto em sua história
Publicado: 20/07/2022 às 19:06

/Foto: Reprodução/Pixabay
Em meio à crescente crise energética global, o Japão teve que comprar o carregamento de gás natural liquefeito (GNL) ao preço mais alto de toda a sua história. Segundo fontes citadas pela agência Reuters, a carga custou entre 132 e 135 milhões de dólares (R$ 730 milhões).
O Japão tem uma significativa carência de fontes de combustível fóssil, exceto carvão e, por isso, precisa importar grandes volumes de gás natural, petróleo cru e outros recursos energéticos. Com o fornecimento mundial escasso e os preços disparando, o país asiático enfrenta um risco histórico de segurança energética. Somente este ano, Tóquio já sofreu dois grandes cortes de eletricidade, incluindo durante a forte onda de calor no mês passado, enquanto a disputa pelo gás natural também cresceu por conta das sanções impostas à Rússia.
A estimativa dos especialistas é que este ano o Japão seja o maior importador de GNL, impulsionada por uma campanha governamental direcionada para manter as reservas de combustível e evitar futuros problemas de escassez. Além disso, as autoridades japonesas apelaram às indústrias e aos proprietários de habitações para utilizarem menos eletricidade, em um novo esforço de ativar reatores nucleares, assim como o uso de energias renováveis.
Comissão Europeia recomenda redução no consumo de gás
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou um projeto denominado "Economize gás para um inverno seguro", que propõe a partir de agosto uma redução voluntária pelos países-membros do bloco em até 15% do consumo. Apresentado como um instrumento de emergência, a medida poderá ser obrigatória se houver um agravamento da situação na UE. De acordo com a Comissão Europeia, os países da EU irão discutir a medida no dia 26 de julho em uma reunião extraordinária dos ministros da Energia. “Há um risco substancial de uma interrupção abrupta de gás ou quando ocorre uma demanda excepcionalmente alta que leva a uma deterioração significativa no fornecimento de gás. A Rússia esta nos chantageando e usa a energia como arma. E assim, no caso de um corte parcial significativo ou de um corte total, a Europa deve esta preparada. Devemos abordar nossa segurança energética no nível da UE. Então, vamos agir juntos para diminuir o uso de gás e fornecer uma rede de segurança a todos os países do bloco”, disse von der Leyen.
Corte do gás russo a UE
Em 11 de julho, o fornecimento de gás da Rússia para a Europa através do gasoduto Nod Stream1 foi suspenso temporariamente, na qual a empresa alegou que se deveu as operações de manutenção preventiva que são programadas anualmente. Ontem (19), o presidente Vladimir Putin declarou que a empresa estatal de energia Gazprom sempre cumpriu as suas obrigações e pretende continuar a fazê-lo. Segundo Putin, os países europeus subestimaram a importância das fontes tradicionais de energia e optaram por fontes não tradicionais. Moscou também acusou que por causa das sanções, o Canadá se recusou a devolver uma turbina que estava em reparo à Gazprom. “Se a turbina, que é importante para o bombeamento de gás, não for entregue, a Rússia não vai conseguir atender ao bombeamento de mais de 30 milhões de metros cúbicos por dia. Que culpa tem a Gazprom?", indagou o líder russo.
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