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Embargo ao petróleo russo será discutido pela UE na sexta rodada de sanções
Publicado: 13/05/2022 às 12:52

/Foto: AFP
De acordo com publicação da agência Bloomberg, alguns países membros da União Européia (UE) pretendem adiar a proibição as importações do petróleo da Rússia. Até o momento, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, vem contestando o apoio ao embargo do petróleo russo, alertando que a medida seria como uma "bomba atômica" na economia do seu país.
A UE espera chegar a um acordo entre os Estados-membros na sexta rodada de novas medidas antirussas, que acontecerá na próxima segunda-feira (16). No entanto, Orbán afirmou que a principio só irá apoiar novas sanções contra a Rússia se foram excluídos os oleodutos. Além disso, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Péter Szijjártó, declarou que Budapeste só apoiará as sanções européias ao petróleo russo se a Comissão Européia propuser soluções para modernizar as infraestruturas húngaras, o que garantiriam o fornecimento de energia ao seu país, mas reconheceu ser muito difícil atingir esse objetivo. “Não queremos apenas refinarias e oleodutos, esperamos ter também propostas sobre o futuro da Hungria. Mas ainda não tivemos nenhuma proposta da UE que permita gerir as consequências do embargo na economia húngara”, disse Szijjártó.
Enquanto isso, outras nações da União Européia avaliam que essa exclusão das sanções impostas a Rússia poderia representar um sinal de fraqueza do bloco europeu. Entretanto, a presidente da Comissão Européia, Ursula von der Leyen e o líder francês Emmanuel Macron, cujo país detém atualmente a presidência do Conselho da União Européia (UE), intensificaram as conversas com Viktor Orbán nos últimos dias para buscar um acordo a respeito do sexto pacote de sanções contra Moscou. A proposta oferecida inclui um bloqueio das importações de petróleo da Rússia com início no máximo nos próximos oito meses, porém prevêem prazos mais longos para a Hungria e a Eslováquia, países mais dependentes da energia russa.
As novas sanções da UE necessitam de apoio de todos os 27 Estados-membros para serem aprovadas e dentre as ações que serão propostas e discutidas estão o embargo petrolífero, o corte de mais três bancos da Rússia do sistema SWIFT, além da proibição da prestação de serviços de consultoria e relações públicas às empresas russas.
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