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EUA acusa Rússia de posicionar agentes na Ucrânia para criar 'pretexto para invasão'
Publicado: 14/01/2022 às 17:01

/Foto: reprodução/pixabay
Os Estados Unidos acusaram nesta sexta-feira (14) a Rússia de ter 'posicionado' agentes na Ucrânia para realizar uma operação que poderia servir de 'pretexto para uma invasão'.
'A Rússia lança as bases para ter a possibilidade de fabricar um pretexto para uma invasão, inclusive por meio de atos de sabotagem e operações de informação, acusando a Ucrânia de planejar um ataque iminente contra forças russas no leste da Ucrânia', disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, detalhando à imprensa informações de que Washington diz dispor.
'O exército russo prevê iniciar essas atividades várias semanas antes de uma invasão militar, que poderia começar entre meados de janeiro e meados de fevereiro', alertou, considerando que um ataque deste tipo poderia estar acompanhado de 'violações generalizadas dos direitos humanos e de crimes de guerra', se a diplomacia fracassar.
O porta-voz do Pentágono, John Kirby, considerou a informação 'muito confiável'.
Kirby explicou que estes agentes poderiam vir de 'serviços de Inteligência, serviços de segurança e inclusive do exército' russos.
Suas forças são frequentemente 'híbridas' ao ponto de que 'os limites não são necessariamente muito claros sobre a quem correspondem especificamente estas operações mais encobertas', argumentou.
Moscou refutou taxativamente as acusações. 'Até agora, todas estas declarações foram infundadas e não há nada que as confirme', declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskiv, citado pela agência TASS.
Uma série de reuniões de alto nível esta semana entre Ocidente e os russos não evitou, até o momento, o risco de uma nova guerra na Ucrânia.
Americanos, europeus e ucranianos acusam a Rússia de ter enviado cerca de 100.000 soldados para a fronteira com a intenção de promover uma possível invasão do país vizinho. Moscou nega as acusações e afirma que quer se defender da política da Otan de ampliação para o leste, a qual considera ameaçadora às suas portas.
Psaki também se referiu à onda de ataques cibernéticos sofridos nesta sexta-feira pela Ucrânia, que deixaram fora do ar vários sites do governo, e destacou que os Estados Unidos estão 'preocupados com o ciberataque em larga escala'.
'Não determinamos quem é o responsável por esta etapa', acrescentou, afirmando que 'os líderes de opinião russos já começaram a criar provocações ucranianas na mídia pública e nas redes sociais para justificar a intervenção russa e semear a divisão na Ucrânia'.
O governo de Kiev qualificou o ataque desta sexta-feira de 'maciço' e sustentou que diversas agências e escritórios estatais 'estão temporariamente fora de serviço', embora tenha assegurado que não houve danos importantes. A autoria do ataque não foi reivindicada.
Uma das hipóteses levantadas é que, como prolegômenos de uma ofensiva militar, fosse lançado um grande ataque cibernético contra infraestruturas estratégicas ucranianas para desorientar as autoridades. A Ucrânia tem sido alvo de vários ciberataques nos últimos anos, atribuídos à Rússia.
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