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/Foto: Reprodução
A Organização Mundial da Saúde declarou que continuará o estudo sobre a origem da
Covid-19 e o que desencadeou à sua disseminação global. A OMS formou uma equipe
de 26 especialistas que irão ter como objetivo estabelecer uma nova estrutura mundial
para a realização de estudos sobre "as origens de patógenos emergentes de potencial epidêmico e pandêmico", entre os quais está o SARS-CoV-2, o vírus causador da doença que já matou mais de 4,85 milhões de pessoas no mundo todo e provocou um total de 240 milhões de casos
De acordo com Maria Van Kerkhove, líder técnica da OMS sobre a Covid-19, a
estrutura, chamada Grupo Consultivo Científico para as Origens de Patógenos Novos
(SAGO, na sigla em inglês), avaliará urgentemente o que é conhecido agora, o que
ainda é desconhecido, e o que necessita ser feito o mais rapidamente possível. "Prevejo
que o SAGO recomendará mais estudos na China e potencialmente em outros lugares.
Não há tempo a perder com isto", comunicou Kerkhove à agência AFP.
Os 26 especialistas foram selecionados entre mais de 700 candidaturas e irão estar
sujeitos a uma consulta pública de duas semanas. Dentre eles estão incluídos Jean-
Claude Manuguerra, do Instituto Pasteur da França; Inger Damon, dos Centros de
Controle e Prevenção de Doenças dos EUA; Christian Drosten, diretor do Instituto de
Virologia de Berlim, da Alemanha e Yungui Yang, do Instituto de Genômica de
Pequim, China. Já o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, apontou que está
pode ser a "última chance de entender as origens deste vírus de forma colegial".
Em março deste ano, uma investigação em conjunto da OMS e da China sobre as
origens do SARS-CoV-2 chegou à conclusão que o vírus não podia ter vazado do
Instituto de Virologia de Wuhan, e assinalou como a teoria mais provável que foi
transmitido de morcegos a humanos. Em contrapartida, o diretor-geral da OMS, Tedros
Adhanom Ghebreyesus, em consonância com algumas nações ocidentais, vêm
criticando desde então as conclusões deste relatório.
Por outro lado, a China pediu que os resultados fossem respeitados e apelou para que os
países não politizassem o surgimento do vírus e o processo investigatório. Além disso,
Pequim ainda solicitou que a instalação militar Fort Detrick (EUA), que tem programas
de defesa biológica, e que sofreu pelo menos duas "violações de contenção de toxinas" em agosto de 2019, também fosse investigado.
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