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/Foto: MARK WALLHEISER / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP
A tempestade tropical Elsa atingiu a Flórida nesta quarta-feira (7), causando ventos e chuvas fortes em parte da costa oeste desse estado do sudeste dos Estados Unidos, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês).
O NHC disse que o centro da tempestade, que foi rebaixada de furacão de categoria 1 durante a noite, entrou no continente pelo condado de Taylor, no norte da costa oeste da Flórida.
Às 10h00 (horário de Brasília), Elsa se encontrava a costa ocidental da Flórida, onde era mantido um alerta pela chance de "perigosos aumentos dos níveis da água", segundo o NHC.
Espera-se que ela enfraqueça à medida que se move para o interior em sua rota em direção ao norte ao longo da costa leste dos EUA.
O governador da Flórida, Ron DeSantis havia citado anteriormente a possibilidade de tornados nesta tarde e pediu à população que fique atenta aos alertas meteorológicos.
Às 6h00 locais desta quarta-feira, "cerca de 26 mil clientes na Flórida sofreram cortes de energia", disse ele em uma coletiva de imprensa, mas esclareceu que nenhum centro de saúde foi afetado, nem houve danos significativos.
Elsa se tornou, na sexta-feira, o primeiro furacão do Atlântico da temporada, de categoria 1. Após a morte de três pessoas na República Dominicana e em Santa Lúcia, a tempestade atingiu Cuba na segunda-feira, com chuvas intensas, mas sem causar grandes prejuízos.
Partes da Carolina do Sul e Geórgia também foram colocadas em alerta de tempestade tropical.
"Grandes chuvas" no sudoeste da Geórgia e Carolina do Norte, assim como no sul da Virgínia poderiam causar "inundações", segundo o NHC. O mesmo fenômeno poderia ser observado na quinta e sexta-feira no nordeste e na Nova Inglaterra.
- 46 mortes em Surfside -
A passagem de Elsa pela Flórida ocorre menos de duas semanas após a tragédia de Surfside, uma cidade a cerca de 20 km do centro de Miami, onde um bloco residencial de 12 andares desabou parcialmente na madrugada de 24 de junho. As causas do colapso do prédio ainda estão sendo investigadas.
A prefeita do condado de Miami-Dade, Daniella Levine Cava, informou na tarde de terça-feira que o número de mortos aumentou para 46, dos quais 32 foram identificados.
Entre os identificados há ao menos um chileno, uma uruguaia, um venezuelano e uma uruguaia-venezuelana. Muitos latino-americanos de vários países estavam no imóvel quado ocorreu o trágico acidente.
Ainda há 94 pessoas desaparecidas, acrescentou a prefeita.
"A magnitude deste desastre continua crescendo dia a dia desde o colapso, nossa comunidade e o mundo estão de luto e acompanhando todas as famílias que enfrentam essa tragédia inimaginável", disse Levine emocionada.
O chefe dos bombeiros de Miami-Dade, Alan Cominsky, disse que a demolição da parte do prédio que ainda estava de pé na noite de domingo permitiu que as equipes de busca expandissem suas operações.
O local foi atingido nesta terça-feira pelos ventos e chuva de Elsa. Mas as "equipes de busca e resgate continuaram suas operações e temos a sorte de o clima ter melhorado esta semana", declarou a prefeita.
O prefeito de Surfside, Charles Burkett, disse que os engenheiros estão fazendo uma "revisão estrutural completa" de outros prédios altos da cidade, incluindo Champlain Towers North, uma torre de condomínio "irmã" da que desabou.
Esse prédio está sendo monitorado porque foi construído ao mesmo tempo, com os mesmos materiais e pelos mesmos arquitetos.
"Essa informação terá que ser analisada e levará várias semanas, depois das quais teremos uma ideia melhor das anomalias que poderiam existir", explicou.
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