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Secretário dos EUA alerta China sobre medidas agressivas tomadas contra Taiwan

Publicado em: 12/04/2021 16:44

 (Foto: MANDEL NGAN / POOL / AFP)
Foto: MANDEL NGAN / POOL / AFP
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, declarou em entrevista à emissora NBC, que Washington está preocupada com as ações agressivas da China dirigidas a Taiwan e advertiu que seria um "erro grave" para qualquer um tentar mudar o status quo no Pacífico Ocidental pela força, além de aumentar as tensões no estreito do país. Questionado ainda se os EUA responderiam militarmente a uma ação chinesa em Taipé, Blinken se recusou a comentar um cenário hipotético. "Tudo o que posso dizer é que os Estados Unidos têm um antigo compromisso, sob o Ato de Relações com Taiwan, de garantir que Taiwan tenha a habilidade de se defender e manter a paz e a segurança no Pacífico Ocidental, disse Blinken.

Por outro lado, o governo de Pequim culpou os Estados Unidos pelo agravamento das tensões, sobretudo depois que um navio de guerra norte-americano passou próximo a Taiwan na última quinta-feira (8). Já o governo de Taipé reclama nos últimos meses de recorrentes missões da força aérea chinesa perto da ilha, que a China reivindica como seu território.

Também durante a entrevista Blinken citou que a China falhou em fornecer aos especialistas mundiais em saúde as informações de quando surgiram os primeiros casos do novo coronavírus, o que implicou em tornar a pandemia da Covid pior do que deveria e que é importante "chegar ao fundo" da origem do vírus. "A China não deu acesso a especialistas internacionais e não compartilhou informações em tempo real para garantir a transparência verdadeira. Como resultado, o vírus saiu do controle mais rápido e com resultados muito mais notórios do que poderia ser caso contrário", afirmou. 

O secretário de Estado norte-americano ainda salientou a necessidade de haver um sistema global de segurança sanitária mais forte para garantir que uma pandemia como a da Covid não aconteça de novo, destacando que as reformas para esse sistema devem incluir transparência, compartilhamento de informações, acesso a especialistas e que a China deve participar disso. "Precisamos fazer isso precisamente para entender por completo o que aconteceu, e assim, impedir que isso aconteça novamente. Por isso, precisamos chegar ao fundo disso", acrescentou Blinken.

O relatório da Organização Mundial da Saúde sobre as investigações a respeito da origem do novo coronavírus realizada na China foi publicado em março deste ano e, na ocasião, os Estados Unidos, a União Européia e os países ocidentais apelaram à Pequim para proporcionar "acesso total" a especialistas independentes a todos os dados sobre o começo do surto no final de 2019.
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