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PANDEMIA

OMS alerta que Covid afeta serviços essenciais de Saúde em 90% dos países

Publicado: 23/04/2021 às 19:16

/Foto: Agência Brasil

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Em uma pesquisa divulgada hoje (23), a Organização Mundial de Saúde declarou que mais de 90% das nações do mundo ainda estão comprometidas em seus serviços essenciais de saúde devido à pandemia da Covid. "A segunda rodada de uma 'pesquisa de pulso' da Organização Mundial da Saúde revela que, após um ano de pandemia, as interrupções substanciais persistem, com cerca de 90% dos países relatando uma ou mais interrupções nos seus serviços essenciais de saúde, sem uma marca global substancial de mudança desde a primeira pesquisa realizada no verão do hemisfério norte de 2020", diz o relatório. Mas, de acordo com a OMS, boa parte dos países relatou progresso em relação à extensão das interrupções, com mais de um terço dos serviços afetados, contra a metade dos mesmos em 2020. Para a entidade grandes esforços são necessários para restaurar e fortalecer os serviços em todas as nações. Segundo a pesquisa, dentre os maiores problemas citados pelos entrevistados estão à força insuficiente de profissionais de saúde (66% dos países), os desafios financeiros (43%), a falta de comunicação com os pacientes e interrupções nas cadeias de abastecimento. A principio a pandemia causou maior impacto negativo nos cuidados primários diários e nos cuidados de longo prazo para condições crônicas, reabilitação e cuidados paliativos no fim da vida. Cerca de 20% dos países também contaram interrupções em serviços de emergência, serviços críticos e cirúrgicos que salvam vidas, enquanto 40% experimentam dificuldades em fornecer cuidados de saúde mental, detecção de câncer, tratamentos para tuberculose, HIV e hepatite B e C, bem como diabetes, contracepção, atendimento odontológico urgente e desnutrição. Já a taxa de ocupação dos leitos de UTI destinados aos pacientes com Covid encontra-se está em torno de 92%. No combate à crise de saúde pública, mais da metade dos países pesquisados %u200B%u200Brecrutou pessoal médico adicional, transferiu pacientes para outros centros de saúde ou mudou para métodos alternativos de atendimento, incluindo atendimento em casa e uso de telemedicina. Entretanto, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, ressaltou que os governos e as organizações internacionais precisam intensificar os esforços para evitar interrupções nos serviços essenciais de saúde, imunização e malária. "A pesquisa destaca a necessidade de intensificar esforços e tomar medidas adicionais para fechar lacunas e fortalecer os serviços. Será especialmente importante monitorar a situação nos países que estavam lutando para fornecer serviços de saúde antes da pandemia", enfatizou. O levantamento realizado abrangeu 63 serviços básicos de saúde em 216 países e territórios nas seis regiões da OMS. A OMS recebeu um total de 135 respostas de funcionários do primeiro escalão dos Ministérios da Saúde dos países pesquisados de janeiro a março de 2021.
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