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União Europeia estuda impor sanções a China após 30 anos

Publicado em: 18/03/2021 15:06

 (Reprodução/Pixabay)
Reprodução/Pixabay
A União Europeia demonstra que em breve pode tomar medidas para impor sanções à China pela primeira vez em 30 anos devido às denúncias sobre a repressão à minoria uigur. O embaixador da China na União Europeia, Zhang Ming, se pronunciou sobre a possibilidade do plano da EU durante um evento virtual no Centro de Política Europeia, no qual informou que as sanções representam um confronto e são baseadas em mentiras poderiam ser interpretadas como atos deliberados de sabotagem dos interesses de segurança e desenvolvimento da China. 
 
O diplomata acrescentou que Pequim irá adotar contramedidas decididas, mas moderadas. "Queremos diálogo, não confrontação. Pedimos à UE para pensar duas vezes. Se alguns insistirem na confrontação, não recuaremos, pois não temos outra escolha senão cumprir nossas responsabilidades para com nosso povo em nosso país", afirmou Ming.
 
Além disso, o embaixador ainda alertou Bruxelas contra a tentativa de vincular o Acordo Global de Investimento de dezembro com questões de direitos humanos, dizendo que "as questões econômicas não devem ser politizadas".
 
Ontem (17), dois diplomatas europeus também comentaram que os 27 países teriam decidido sancionar 11 diplomatas chineses por alegadas "graves violações e abusos de direitos humanos" na Região Autônoma chinesa de Xinjiang. Entretanto, as sanções deverão ser discutidas em um encontro ministerial no dia 22 de março, antes da tomada de uma decisão final. Até o momento não se tem certeza sobre quais serão as consequências de tais sanções para as respectivas missões diplomáticas.

Mas, Zhang Ming também citou que a China está em negociações com um grupo de embaixadores dos Estados-membros da UE para visitar Xinjiang, no interesse de dissolver as alegações de repressão da minoria uigur. "Xinjiang está aberta, aberta para os embaixadores europeus, aberta para diplomatas estrangeiros, jornalistas e turistas, aberta para todos", frisou
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