ACORDOS

Israel e Líbano buscam negociar fronteira marítima com a intermediação dos EUA

Publicado em: 22/12/2020 21:48

 (Foto: POOL / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)
Foto: POOL / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

O Secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, anunciou hoje (22) que os Estados Unidos continuam dando prosseguimento nas negociações junto a Israel e o Líbano para definir a questão da fronteira marítima de cada um. Mas Pompeo disse em suas redes sociais que a disputa sobre a região, que abrange a exploração offshore de petróleo e gás, ainda está longe de um pacto que satisfatório para os dois países. 

"Os Estados Unidos continuam prontos para mediar negociações construtivas entre os governos israelense e libanês em suas fronteiras marítimas. Incentivamos ambos os lados a continuar as discussões com base nas respectivas reivindicações que depositaram anteriormente nas Nações Unidas. Lamentavelmente, apesar da boa vontade de ambos os lados, as partes continuam distantes", comentou o Secretário. 

O presidente do parlamento do Líbano, Nabih Berri, apontou que os EUA deverão atuar como um facilitador durante as reuniões entre as autoridades das duas nações do Oriente Médio. Enquanto o presidente libanês, Michel Aoun, ao falar a respeito do caso, opinou que o delineamento da fronteira deveria ser baseado na linha que parte em terra do ponto de Ras Naqoura. “A demarcação deve ser de acordo com o princípio geral conhecido como linha mediana, sem levar em consideração qualquer impacto das ilhas costeiras palestinas ocupadas", afirmou Aoun. 

Em contrapartida, Israel diverge e denuncia o Líbano de alterar a todo o momento sua posição sobre a concorrida fronteira marítima no Mediterrâneo. O governo de Tel Aviv declarou que o impasse pode deixar os países num "beco sem saída", o que traria sérios prejuízos para toda a região.

Entenda a crise
A questão referente às fronteiras marítimas de Israel e Líbano começou a partir de uma negociação com base em um mapa registrado nas Nações Unidas em 2011. O Líbano considera que esse mapa foi fundamentado em estimativas erradas, e exige que 1.430 quilômetros quadrados sejam acrescentados ao seu território, o que inclui parte do disputado campo de gás Karish de Israel.
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