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Trump planeja enfraquecer força-tarefa contra coronavírus, diz New York Times

Publicado: 05/05/2020 às 19:56

Atualmente, o grupo da força-tarefa contra o novo coronavírus é chefiado pelo vice-presidente americano, Mike Pence/Foto: Win McNamee/Getty Images North America/Getty Images via AFP

Atualmente, o grupo da força-tarefa contra o novo coronavírus é chefiado pelo vice-presidente americano, Mike Pence/Foto: Win McNamee/Getty Images North America/Getty Images via AFP

A Casa Branca planeja enfraquecer gradualmente nas próximas semanas a força-tarefa do governo americano contra o novo coronavírus, afirmou o New York Times nesta terça-feira (5). Atualmente, o grupo é chefiado pelo vice-presidente americano, Mike Pence, e conta com especialistas em saúde e logística. De acordo com o jornal, funcionários de alto escalão envolvidos na força-tarefa foram avisados por uma das conselheiras de Pence, Olivia Troye, de que a equipe poderá ser gradualmente dissolvida. Segundo autoridades ouvidas pelo jornal, o encerramento da equipe talvez nunca seja oficialmente anunciado, já que a decisão poderia insuflar críticas sobre a eficácia das políticas dos EUA contra o coronavírus. Não está claro se o grupo será ou não substituído por outro. Porém, ainda segundo o New York Times, um grupo liderado por Jared Kushner, genro do presidente dos EUA, Donald Trump, têm funcionado como uma força-tarefa paralela à oficial, e é provável que esse grupo continue trabalhando. O jornal diz que, entre outras questões, Kushner têm discutido um novo papel para que alguém supervisione o desenvolvimento de tratamentos terapêuticos. Embora as recomendações da força-tarefa oficial tenham sido deixadas de lado pelo presidente Donald Trump em diversas ocasiões, o grupo serviu como o mais próximo do que a Casa Branca teve de uma resposta centralizada à pandemia. Nas última semanas, Trump parou de vincular as entrevistas coletivas diárias sobre o coronavírus às reuniões da força-tarefa. Também deixou de contar com membros da força-tarefa ao seu redor em aparições públicas. Embora a taxa de novas infecções e mortes tenha caído em Nova York, ela continuou a crescer em grande parte do resto do país. Diversas projeções sugerem que as mortes permanecerão em níveis elevados nos próximos meses ou poderão aumentar com o relaxamento da quarentena nos estados americanos. Um documento que circulava dentro do governo levantou a possibilidade de o país atingir cerca de 3.000 mortes diárias em 1º de junho %u2013 quase o dobro do nível atual.
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